Fiscalização
Dono de veículo aumenta atenção ao abastecer
A interdição recente de dois postos em Sorocaba, por adulteração no combustível, chamou ainda mais a atenção de donos de veículos para o problema. Há cuidados que devem ser tomados ao abastecer o veículo e depois, a fim de verificar se o motor funciona adequadamente.
O Instituto de Pesos e Medidas do Estado de São Paulo (Ipem-SP), autarquia do Governo do Estado vinculada à Secretaria da Justiça e Cidadania e órgão delegado do Inmetro, e a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) são responsáveis pela fiscalização.
De acordo com o Ipem-SP, fiscalizações de rotina são realizadas e também há escolha dos locais por meio de denúncias, suspeitas dos fiscais e interação com demais órgãos de fiscalização neste segmento. Fiscais do Ipem-SP verificam as bombas medidoras para garantir que estejam corretas e sem adulterações, protegendo os consumidores de fraudes.
O instituto recomenda reforçar a atenção quando se está no posto. As principais orientações são sempre acompanhar o abastecimento, conferir se o bico da bomba corresponde ao combustível solicitado e observar se o preço indicado na bomba é o mesmo anunciado.
Outro ponto que merece atenção é a forma de pagamento: valores podem variar entre dinheiro, cartão de crédito ou débito, e o consumidor deve ficar atento a possíveis diferenças de cobrança. Também é fundamental verificar se a bomba começa a marcar em zero antes do início do abastecimento.
Também é importante exigir a nota fiscal, documento que deve registrar o valor pago e a quantidade de litros abastecidos. Caso haja suspeita de irregularidades, a denúncia pode ser feita à Ouvidoria do Ipem-SP pelo telefone 0800-013-0522, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, pelo e-mail
[email protected] ou pelo site www.ipem.sp. gov.br.
Interdições
Dois postos de combustíveis foram interditados em Sorocaba no dia 12 de agosto. O proprietário dos dois estabelecimentos foi preso em flagrante na ocasião. A operação foi realizada pela Polícia Civil e contou com a participação da ANP e do Ipem-SP.
As investigações tiveram início após denúncias de que, nos locais, além da comercialização ilegal, havia dispositivos instalados nas bombas para entregar uma quantidade inferior à paga pelos consumidores.
No primeiro posto, localizado na avenida Washington Luiz, no Jardim América, os agentes constataram a presença de metanol na composição do combustível vendido. O produto, de uso industrial, é corrosivo e tóxico para a saúde humana, sendo proibido para uso em veículos. O metanol é mais barato que o etanol.
No segundo posto, situado na avenida Afonso Vergueiro foi novamente identificada a presença de metanol. Além disso, foi constatado o uso do software “on-off”, um dispositivo eletrônico originalmente desenvolvido para automação residencial, mas que comumente é adaptado para uso irregular em postos de combustíveis. Nesse contexto, o aparelho pode ser instalado no sistema das bombas para controlar, de forma remota ou manual, a mistura do combustível comercializado, permitindo adulterar a proporção entre etanol, gasolina ou outros aditivos, como o metanol, sem que o consumidor perceba. (Da Redação)