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Saúde

Cresce atendimento infantil por viroses respiratórias

Mudanças bruscas de temperatura exigem cuidados com as crianças

25 de Agosto de 2025 às 21:40
Thaís Marcolino [email protected]
Gpaci também atende pelo SUS casos não oncológicos
Gpaci também atende pelo SUS casos não oncológicos (Crédito: THAÍS MARCOLINO (25/8/2025))

O sobe e desce dos termômetros e a volta às aulas podem explicar o aumento dos casos de crianças com sintomas de virose, sobretudo as respiratórias, em agosto. Apenas no hospital do Grupo de Pesquisa e Assistência ao Câncer Infantil (Gpaci) de Sorocaba, foram 246 pacientes atendidos de 1 de agosto até ontem (25). Em maio, por exemplo, foram mais de 400 pacientes com queixas relacionadas às viroses intestinais. O Cruzeiro do Sul conversou com o diretor clínico do hospital, André Viu Matheus, que explicou sobre as diferenças que envolvem as doenças e os cuidados, que devem ser redobrados.

O Gpaci atende pacientes tanto pelo Sistema Único de Saúde (SUS) quanto por planos de saúde e particulares, inclusive casos clínicos, não apenas em tratamentos oncológicos.

As viroses intestinais são conhecidas como gastroenterocolites agudas (Geca) e causadas pelo rotavírus. Elas, geralmente, apresentam padrão sazonal: com picos no final do ano, época de calor e festas, e no meio do ano, com a queda de temperatura.

A respiratória, por sua vez, inclui as famosas bronquiolites e infecções das vias aéreas superior. “Frio intenso que não tinha, e se está calor de dia, frio à noite, esse golpe de temperatura favorece a replicação do vírus”, explica o diretor clínico do hospital.

Em relação aos sintomas de viroses respiratórios, segundo André, iniciam com febre, coriza e tosse seca. Em crianças com asma e bronquite, pode desencadear crises com chiado no peito e desconforto respiratório. E para aquelas com rinite, pode levar à coceira no nariz e ronco.

A virose intestinal costuma começar com vômitos intensos e difíceis de controlar no primeiro dia, após qualquer ingestão. A partir do segundo dia, os vômitos diminuem e começa a diarreia, que pode variar de semilíquida à líquida. “A presença de sangue, catarro ou pus nas fezes indica uma diarreia infecciosa bacteriana, e não viral”, observa o especialista.

Entre os pacientes no aguardo do atendimento no Gpaci estava Joaquim, de dois anos. Ele foi levado pela mãe, Raiza Otaguno Vieira, após apresentar episódios seguidos de vômito, que há tempos não ocorria. A última vez foi no início do ano. “Durante as férias viajamos, então não deve ter relação com a escola. Agora está amoadinho e nesses dias eu acabo dando mais líquido para ele e muito carinho, porque é disso que eles precisam, muito afeto”, comenta Raiza, que é coordenadora de marketing.

O carinho é bem-vindo, mas os pais também podem tomar outros cuidados. Conforme o diretor clínico do hospital, hábitos de higiene, contato com outras crianças doentes, não ir à escola quando gripado, evitar choque térmico e atenção à vacinação são cuidados necessários.

“Nós devemos vacinar as crianças com a vacina da gripe, que é o vírus Influenza altamente complicado no sentido de produzir desconforto respiratório. É importante prestar atenção ao calendário”, explica o médico, fazendo referência às doenças respiratórias. Na virose intestinal, a vacina do rotavírus também está disponível. “Na criança novinha, com 2 a 4 meses, já é feita a dose”, conclui André.

 

 

 

 

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