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SOROCABA 371 ANOS

Sorocaba em números

Município chega aos 371 anos com 757 mil habitantes, a 27ª cidade mais populosa do Brasil e 7ª em São Paulo

14 de Agosto de 2025 às 22:50
Tom Rocha [email protected]
Sorocaba cresce, se reinventa e mira o futuro com 
inovação, respeito ao passado e às suas tradições. 
Município tem hoje 690 bairros, 6.355 ruas e 210 avenidas
Sorocaba cresce, se reinventa e mira o futuro com inovação, respeito ao passado e às suas tradições. Município tem hoje 690 bairros, 6.355 ruas e 210 avenidas (Crédito: FÁBIO ROGÉRIO)

Sorocaba completa 371 anos de fundação neste 15 de agosto. Atualmente, é a 27ª cidade mais populosa do País e a 7ª do Estado, com 757 mil habitantes estimados em 2023, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). Especialistas do órgão e da história de Sorocaba são unânimes em destacar que o impacto desse crescimento reverbera em diferentes aspectos da cidade, a começar pelo crescimento em certas regiões, tendências de verticalizações residenciais junto a crescimento econômico, ainda que a proximidade com concentrações populacionais como a capital e o aumento de veículos pressionem a mobilidade.

Os números mostram força — especialmente na zona norte da cidade, que abriga cerca de 250 mil pessoas e concentra importantes eixos comerciais, como as avenidas Itavuvu e Ipanema. Essa região também lidera o número de bairros e o ritmo de expansão urbana na última década. O dinamismo populacional é acompanhado pela crescente urbanização: Sorocaba tem hoje 690 bairros, 6.355 ruas e 210 avenidas, espalhados por uma área urbanizada de quase 135 quilômetros quadrados, com uma densidade demográfica de 1.608 habitantes por quilômetros quadrados.

“Esses números demonstram a importância e o papel da cidade no desenvolvimento econômico do Estado de São Paulo e do Brasil. A evolução demográfica traduz esse processo. A cidade, ao longo das décadas se tornou um importante polo econômico do País, com atração de inúmeras atividades econômicas em praticamente todos os segmentos. Certamente esse crescimento populacional impõe um conjunto grande de desafios à cidade em termos de planejamento urbano, viário e políticas públicas”, afirma Jefferson Mariano, analista socioeconômico do IBGE.

Mariano explica que nas principais metrópoles do Brasil os últimos censos mostram aumento de verticalização. “Ou seja, o aumento das unidades habitacionais na modalidade apartamento. Mas esse processo é mais intenso em cidades nas quais existe escassez de terrenos ou limitação para expansão de moradias. É possível que no município ocorram os dois processos”, analisa. “A cidade de Sorocaba se destaca, no Estado de São Paulo, em relação aos principais indicadores sociais. O seu dinamismo econômico e o elevado grau de complementariedade das atividades econômicas fazem com que a cidade continue sendo um importante polo de atração e geração de renda e emprego”, diz Mariano.

E ainda há mais espaço para mais análises do crescimento. “No Censo do IBGE, a população é apresentada segundo a divisão territorial oficial do município. No caso de Sorocaba, pelo menos até o censo 2022, não havia informação concernente à divisão oficial do município em bairros. Esse aspecto é importante porque possibilita levantar os dados socioeconômicos da cidade nesse nível territorial. A posse dessa informação pode contribuir para o planejamento urbano e ao dimensionamento da oferta de equipamentos sociais.”

Mais pessoas, mais carros

Outro indicador que evidencia o avanço urbano é a frota de veículos: são 554 mil veículos circulando atualmente em Sorocaba, sendo 340 mil automóveis. A comparação com os últimos anos mostra o crescimento acelerado: em 2014 eram 425 mil veículos — um aumento de quase 130 mil em uma década. Isso revela desafios em mobilidade urbana, mas também aponta para o fortalecimento econômico e a expansão territorial.

“A proximidade da cidade com a Região Metropolitana de São Paulo tende inclusive a aumentar a pressão sobre a estrutura urbana e em específico relativo à mobilidade. Vale lembrar que no Censo 2022, pela primeira vez, foram levantadas informações relativas as características das vias classificando-as em relação a capacidade de circulação de veículos. Ou seja, ramais que podem receber transportes coletivos e equipamentos de atendimento a serviços urbanos em contraste com vias que suportam apenas o trânsito de motos e pedestres”, aponta Mariano.


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