Religião
Cidade segue sem previsão para novo arcebispo metropolitano
Dom Júlio Endi Akamine foi arcebispo de Sorocaba de dezembro de 2016 a maio de 2025. No dia 5 de março deste ano, foi nomeado arcebispo coadjutor da Arquidiocese de Belém do Pará pelo papa Francisco, deixando Sorocaba no dia 19 de maio. Desde então, a nomeação do novo arcebispo metropolitano de Sorocaba, que é feita pelo Papa, ainda não tem previsão.
Na quarta-feira (6), o arcebispo Alberto Taveira Corrêa teve sua renúncia ao governo pastoral da Arquidiocese Metropolitana de Belém do Pará aceita pelo Papa, devido à idade, já que completou 75 anos. Após a renúncia, dom Júlio passou a ser o arcebispo de Belém do Pará.
Após a saída do arcebispo de Sorocaba, no dia 2 de junho, o padre Fernando Henrique Giuli Batista foi eleito administrador da Arquidiocese de Sorocaba, conforme o Código de Direito Canônico, e permanecerá no cargo até a chegada do novo arcebispo.
Segundo o padre Giuli, não há previsão para a nomeação, que deve ocorrer “provavelmente após setembro, pois agosto é mês de férias em Roma. Por enquanto, o administrador segue à frente de tudo, governando a arquidiocese e, mesmo após a nomeação, o arcebispo só toma posse dois meses depois”, explica.
Dom Júlio confirma que não há data definida: “O processo de escolha do novo arcebispo de Sorocaba já foi iniciado desde a notícia da minha nomeação, em 5 de março. Já se passaram cinco meses. Por isso, acredito que o processo esteja adiantado, mas a nomeação depende do Papa. Nesse ínterim, devemos continuar rezando para que um novo arcebispo seja enviado para Sorocaba.”
O papel do arcebispo
Segundo dom Júlio Akamine, o arcebispo tem três responsabilidades principais: ensinar, santificar e governar.
Sobre o ensino, ele explica que “consiste em tudo aquilo que está ligado ao bispo como mestre da fé. Ele deve ensinar, pregar, corrigir; é o responsável primeiro e último pela catequese e pela formação dos padres.” Além disso, deve ensinar nas escolas, universidades e meios de comunicação, sempre por meio da Palavra, artigos e livros. “Também deve cuidar da produção teológica na arquidiocese, lutar contra desvios doutrinários e incentivar a formação continuada do clero e dos leigos.”
Quanto ao ofício de santificar, dom Júlio destaca que envolve “tudo o que o bispo faz para a santificação dos fiéis: a celebração da missa, da crisma, do batizado, do matrimônio, e o atendimento de confissões.” Ele acrescenta que o arcebispo tem orações diárias para santificar os fiéis, deve cuidar da disciplina dos sacramentos e da liturgia, incentivar os exercícios de piedade e as manifestações de religiosidade popular. “Deve corrigir abusos litúrgicos, presidir as principais celebrações da vida da arquidiocese e cuidar da santificação do domingo.”
Ao governar, o arcebispo é responsável pelas decisões e atividades pastorais. Dom Júlio detalha: “Deve escolher, nomear e acompanhar os inúmeros coordenadores que colaboram com o arcebispo nos serviços, movimentos e pastorais da arquidiocese. Nomear párocos e vigários paroquiais. Criar ou extinguir paróquias e organizá-las em unidades para favorecer a coordenação do trabalho pastoral. Promover, convocar e presidir sínodos, assembleias e encontros. Elaborar diretrizes, publicar diretórios e instruções pastorais. Cuidar do bom funcionamento da cúria arquidiocesana. Praticar e organizar a caridade: cuidar dos mais pobres e organizar a Igreja para socorrer os mais necessitados, além de fazer visitas pastorais.”