Encontro de empresários e com representantes da Secretaria da Agricultura do Estado de São Paulo foi realizado em Itapetininga, na quinta-feira (31), para discutir os efeitos das tarifas de 50% impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aos produtos importados do Brasil.

Itapetininga e outras cidades da Região Metropolitana de Sorocaba (RMS) são produtoras de laranja e de frango. A iniciativa do encontro foi da deputada federal Simone Marquetto (MDB).

O chamado tarifaço apresentou exceções, como aviões, petróleo, suco de laranja, papel e fertilizantes. No entanto, produtos como carnes, frutas in natura e café não escaparam. Segundo a deputada, é preciso minimizar o estrago dessa sobretaxa. “Os empresários não podem viver na insegurança”, disse ela.

O superintendente de negócios do Desenvolvimento de São Paulo, Luca Seeder Lacona, esteve na reunião e falou da linha de crédito anunciada pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) para as empresas paulistas atingidas diretamente pelas novas medidas alfandegárias dos Estados Unidos. “A união entre governo e empresários é essencial na busca de um resultado positivo”, de acordo com Lacona.

A linha de crédito servirá de auxílio para que o impacto não seja tão grande nessas empresas. Para solicitar o benefício, será necessário comprovar o vínculo de exportação para os Estados Unidos. Inicialmente, o governador havia liberado até R$ 200 milhões em crédito subsidiado. Posteriormente, o total foi elevado para R$ 400 milhões.

Segundo administrador de uma empresa de processamento de aves, José Carlos Zanquetta, “a reunião foi muito importante para evitar a demissão de pessoas, visto que sem parcerias nosso negócio fica comprometido”. A empresa administrada por ele tem 6.200 colaboradores e exporta para mais de 20 países.