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Internacionalização do Aeroporto de Sorocaba é aprovada pela Receita Federal
A Receita Federal publicou no Diário Oficial de ontem (15) a permissão para internacionalização do Aeroporto Bertram Luiz Leupolz, em Sorocaba. O processo permite que o aeroporto receba aviões diretamente de outros países para manutenção e será recebida apenas a tripulação, sem atendimento a passageiros ou transporte de cargas.
O aeroporto de Sorocaba é base de empresas de manutenção de aeronaves executivas de pequeno, médio e grande porte, como a Embraer e a Cirrus Aircraft. Antes da internacionalização, os aviões que precisavam dos serviços prestados na cidade eram obrigados a fazer um pouso intermediário em aeroportos internacionais e depois se dirigir até Sorocaba. Com a internacionalização, as aeronaves podem aterrissar diretamente no destino para a manutenção.
Segundo o CEO da Rede Voa, Marcel Moure, a internacionalização será boa para o aeroporto da cidade, mas também para as empresas aéreas e de manutenção, pois as aeronaves poderão ir diretamente ao local final para buscar o serviço necessário, diminuindo o tempo e o prejuízo que uma aeronave sem uso gera. “Nós vamos ganhar muito em velocidade, em quantidade de aeronaves, claro. Virão mais aeronaves para fazer manutenção e dentro dessa linha nós temos certeza que nós vamos estar incentivando o setor.”
Para os próximos dias está previsto para ocorrer a publicação da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Após as publicações, o aeroporto estará apto para começar a receber os aviões vindos diretamente de outros países. Porém, será necessário que haja comunicação entre os hangares de manutenção e o aeroporto para que seja avisado sobre cada avião, a fim de ser notificados com 72 horas de antecedência todos os órgãos fiscalizadores responsáveis.
Marcel Moure diz estar muito satisfeito por esse “ato deliberativo da Receita Federal, que é o foco principal de todo esse processo”.
A direção do Aeroporto Bertram Luiz Leupolz deu entrada no processo de internacionalização em 2012. A Rede Voa assumiu o processo em 2022 e, segundo Moure, muitas partes do processo precisaram ser refeitas praticamente do zero. “Quando nós assumimos em 022, nós pegamos esse processo, porém esse processo estava muito incompleto, praticamente fizemos um novo”, explica.
Além da documentação, o Rede Voa fez uma série de melhorias para que fosse possível a internacionalização, como publicado anteriormente no Cruzeiro do Sul. Entre as obras, estão: fechamento do perímetro alfandegado com controle de acesso e videomonitoramento 24 horas; integração ao sistema Siscomex; implantação de sistema API com transmissão em tempo real de informações sobre cargas; instalação de sistemas de inspeção por imagem (raio-x); criação de salas individualizadas para os representantes da Receita Federal, Anvisa, Vigiagro e outros órgãos; modernização dos sistemas de vigilância; capacitação da equipe; credenciamento de colaboradores junto à Polícia Federal e a implementação de Procedimentos Operacionais Padrão (POPs).
“A expectativa é que até semana que vem esteja tudo terminado, com tudo pronto”, diz o CEO da Rede Voa.