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93 anos

Cerimônia celebra Revolução Constitucionalista em Sorocaba

Evento contou com a presença de autoridades e a participação da Banda Regimental de Música do CPI-7

09 de Julho de 2025 às 13:31
Vanessa Ferranti [email protected]
Desfile encerrou a comemoração
Desfile encerrou a comemoração (Crédito: Fábio Rogério)

Uma cerimônia cívico-militar em celebração aos 93 anos da Revolução Constitucionalista foi realizada na manhã desta quarta-feira (9), na praça Nove de Julho, na região central de Sorocaba. O evento contou com a presença de autoridades e com a participação da Banda Regimental de Música do Comando de Policiamento do Interior – 7 (CPI-7). Um desfile pela avenida Dr. Eugênio Salerno encerrou a solenidade.

A Revolução Constitucionalista de 1932 foi um movimento armado liderado pelo estado de São Paulo contra o governo de Getúlio Vargas, com o objetivo de derrubar o regime e exigir uma nova Constituição para o Brasil. O conflito durou três meses e terminou com a rendição dos paulistas em 2 de outubro. No ano seguinte, em maio de 1933, foram realizadas eleições para escolher os representantes da Assembleia Constituinte, que elaborou a nova Constituição, promulgada por Vargas em 1934.

Durante o discurso no evento em Sorocaba, Adilson Cezar, professor e presidente do Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Sorocaba (IHGGS), explicou o motivo da comemoração.

“A vitória mostrou o seu sorriso para os paulistas, que conseguiram atingir seu objetivo: o retorno ao regime constitucionalista. Então sim, vitoriosos pelos ideais, que é isso que representa essa reunião de hoje, feriado estadual que não deve ser esquecido, não apenas por nós paulistas, mas por todos aqueles que sentem o palpitar de um coração em prol da liberdade, com ordem, dentro de um regime constitucional escolhido pela grande maioria de todos nós brasileiros.”

Dezenas de autoridades estiveram presentes na celebração, entre elas policiais militares e guardas civis municipais. O coronel Antônio Thomazello, comandante do Comando de Policiamento do Interior 7 (CPI-7), destacou a importância do ato cívico:

“Primeiro, celebrar a tradição e a história. É sempre muito bom olharmos para os nossos antepassados, observarmos o que eles construíram e celebrarmos isso. Então, a Revolução Constitucionalista foi um movimento por liberdade, por democracia, por lugar de fala. E, em um segundo momento, toda solenidade cívico-militar é uma oportunidade que temos para conversarmos com a comunidade. E é conversando com a comunidade que fazemos política de segurança.”

Desfile

Após a solenidade na praça Nove de Julho, um desfile de autoridades, viaturas oficiais e grupos tradicionais, como os escoteiros, encerrou a celebração. José Mauro Bessornia, oficial reformado da Polícia Militar, assistiu ao neto Joaquim de Castro Bessornia, de 8 anos, desfilar pela primeira vez com o Grupo Tobias de Aguiar, um momento de emoção para o avô, que viu o pai, Tisiano Bessornia, lutar na Revolução.

“Ele foi sargento de cavalaria, ficou no setor de Passa Quatro, em Minas, para segurar os mineiros que iam descer e invadir São Paulo. Então, eu participei da pedra fundamental do obelisco, 9 de Julho, e trabalhei por 20 anos na escola de soldados aqui de Sorocaba, no 7º Batalhão”, contou José Mauro, que também relembrou ter desfilado diversas vezes na data.

“Eu desfilei aqui muitos e muitos anos. Inclusive, nessa época, quando eu tinha alunos soldados, eu ensaiava com eles a canção do Soldado Constitucionalista.”

Para o neto Joaquim, de 8 anos, também foi um momento de diversão: “Foi muito legal. É a primeira vez que a gente passa em algum lugar com multidão.”

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