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Polícia Civil

Delegados destacam avanços e desafios à frente da Seccional e da Deic de Sorocaba

Alexandre Cassola e Rodrigo Ayres falam sobre as mudanças recentes, o combate ao crime organizado e integração entre as unidades policiais

05 de Julho de 2025 às 21:00
Beatriz Falcão [email protected]
Alexandre e Rodrigo recebem equipe do Cruzeiro do Sul e analisam andamento das unidades
Alexandre e Rodrigo recebem equipe do Cruzeiro do Sul e analisam andamento das unidades (Crédito: ALISSON ZANELLA)

Os delegados Alexandre Cassola e Rodrigo Ayres assumiram, em abril deste ano, o comando da Delegacia Seccional de Polícia e da Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic) de Sorocaba, respectivamente. Apesar de terem atribuições distintas, ambas as unidades se complementam quando o assunto é segurança pública. Em entrevista ao Cruzeiro do Sul, após aproximadamente três meses nos novos cargos, os titulares falam sobre os desafios e avanços nas unidades que lideram.

Jornal Cruzeiro do Sul (JCS): Para começar, quais são as atribuições da Seccional e da Deic?

Alexandre Cassola (AC): A Delegacia Seccional de Polícia de Sorocaba abrange 18 municípios e 48 unidades policiais, que prestam serviços a uma população expressiva. É a maior Seccional que compõe o Departamento de Polícia Judiciária do Interior de São Paulo 7 (Deinter-7). Nosso trabalho envolve investigações policiais, cartórios criminais e plantões policiais. Também supervisionamos delegacias especializadas, como a Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) e a Delegacia da Infância e Juventude (Diju), tanto em Sorocaba quanto em outras cidades. Todas essas unidades atuam em conjunto com a Deic, o que torna nosso desafio ainda maior, pois lidamos com a segurança pública de uma grande quantidade de pessoas.

Rodrigo Ayres (RA): Já a Deic é uma divisão especializada voltada à investigação de crimes específicos. Dentro dela, temos a Delegacia de Homicídios — que também cuida de casos de desaparecimentos —, a Delegacia de Investigações Gerais (DIG), responsável por crimes organizados e contra o patrimônio, e a Delegacia de Investigações sobre Entorpecentes (Dise). Contamos ainda com o Grupo de Operações Especiais (GOE), que realiza ações mais táticas e dá suporte operacional tanto para a Deic quanto para a Seccional. Trabalhamos sempre com o objetivo comum de promover a segurança pública, mantendo um forte entrosamento entre as unidades.

JCS: E como foram esses primeiros meses à frente da Seccional e da Deic?

AC: Além das atividades da Polícia Judiciária, a Seccional também é responsável pela administração das unidades. Desde que assumimos, conseguimos promover importantes mudanças, como a transferência do 1º Distrito Policial e a reestruturação do Núcleo Especial Criminal (Necrim), que realiza conciliações em infrações de menor potencial ofensivo. Também implementamos o serviço de pátio e guincho, agora devidamente credenciado e custeado pelo Estado, o que antes era feito de forma provisória e sem licitação. Em breve, o 6º Distrito Policial, no bairro Éden, ganhará uma nova sede. Essas mudanças representam avanços tanto para a sociedade quanto para os próprios policiais.

RA: Na Deic, temos focado especialmente nos crimes eletrônicos. Nosso objetivo é atingir as organizações criminosas por trás dos golpes — não basta esclarecer um ou dois casos, é necessário desarticular toda a estrutura criminosa. Os homicídios também são prioridade. Precisamos de agilidade nesses casos, pois a coleta de provas testemunhais e técnicas depende do tempo. Também atuamos fortemente no combate ao tráfico de entorpecentes, mapeando e analisando o funcionamento do tráfico na cidade para enfrentá-lo com mais eficiência.

JCS: Quais foram os principais desafios encontrados até agora?

AC: Os desafios da Seccional se dividem entre gestão e Polícia Judiciária. A parte administrativa envolve manter unidades policiais estruturadas, com profissionais qualificados, serviços de limpeza adequados e materiais para investigações. Já a vertente da Polícia Judiciária diz respeito ao bom funcionamento dos plantões, organização dos cartórios e uma equipe de investigação capaz de dar respostas eficazes aos crimes. O objetivo é garantir que a população tenha, de fato, acesso a uma investigação de qualidade.

RA: Na Deic, nosso maior desafio está nas investigações de crimes eletrônicos, golpes e fraudes digitais. Por isso, nossos policiais estão cada vez mais capacitados e treinados para lidar com esse tipo de crime, que exige conhecimento técnico e constante atualização.

JCS: Como o entrosamento entre a Seccional e a Deic contribui para as investigações?

AC: Esse entrosamento permite que muitos trabalhos sejam desenvolvidos em conjunto. Um bom exemplo são as investigações de narcotráfico. O Centro de Inteligência da Polícia Civil da Seccional atua junto com a Deic para tornar as ações mais efetivas, especialmente no combate às organizações criminosas. No fim das contas, somos todos parte da Polícia Civil do Estado de São Paulo, com um único objetivo: oferecer segurança pública de qualidade à população.

RA: Além da proximidade física entre os prédios das unidades, o bom relacionamento entre as equipes facilita essa integração. Seja com a Deic prestando suporte à Seccional ou vice-versa, essa cooperação mútua e o compartilhamento de informações são fundamentais para agilizar as investigações e aumentar a sensação de segurança na cidade.

 

 

 

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