Crimes sem fim
Lanchonete no Mangal sofre com furtos recorrentes
A lanchonete Oca Burger, que possui três unidades em Sorocaba, vem sofrendo com uma série de furtos. Somente na última semana, um dos estabelecimento teve os toldos furtados. A situação é recorrente e acontece há cerca de três anos, causando prejuízos para o comércio.
De acordo com Ezy Marangoni Neto, sócio da lanchonete, após a pandemia de Covid, uma nova leva de supostas pessoas em situação de rua se instalou na região do bairro Mangal, onde uma das unidades do Oca Burger está instalada. O ponto é o mais afetado pelos furtos, que acontecem normalmente durante a madrugada, por volta das 5h.
“A princípio, eles levavam fiação elétrica e torneiras. Contudo, conforme fomos protegendo essas áreas com grades, o alvo se tornou outro. Agora, eles pegam tudo o que conseguirem e a lista é imensa. Vasos de plantas, iluminação, caixa de som, corrente de proteção, até mesmo as grades”, relata Ezy. “E quando eles não conseguem furtar nada, jogam pedras nos vidros da lanchonete.”
O sócio contou ao Cruzeiro do Sul que, pelo menos uma vez por semana, acontece um furto. O crime impacta diretamente no funcionamento do restaurante, desde na questão de repor os materiais levados, quanto no atendimento dos clientes. Uma lanchonete chegou a ficar dois dias sem funcionar após a fiação elétrica ser furtada.
“Quando os furtos são externos, como vaso de planta e toldos, o prejuízo é menor. Contudo, quando mexe na parte elétrica é complicado, pois dá curto circuito e ficamos sem energia. Com isso, nós perdemos insumos, precisamos chamar um eletricista e não conseguimos abrir a lanchonete”, pontua o sócio.
Em alguns casos, os furtos evoluem para assaltos. Neste caso, as vítimas são funcionários do Oca Burger e clientes. Ameaças e armas brancas, como facas, são utilizadas para pegar celulares e dinheiro.
Na unidade do Campolim, os proprietários contrataram um segurança particular, uma vez que o estabelecimento não tem muros. “Nas lanchonetes até têm sistemas de alarmes e monitoramento, mas não são suficientes para evitar o roubo, porque acontece muito rápido. Até a polícia chegar, os indivíduos já furtaram e foram embora”, explica o sócio. “Portanto, colocamos grades e correntes, que acabam sendo furtadas também”.
Respostas
O Executivo municipal afirma que a Polícia Militar é a responsável pelo policiamento ostensivo na cidade e os registros desse tipo de caso. “A Guarda Civil Municipal (GCM) age em situações de furto, desde que em flagrante delito durante patrulhamento preventivo. As rondas são 24 horas, voltadas aos espaços e próprios públicos da cidade, com vistas à segurança do patrimônio e da população”, diz a nota.
Em 2025, até o momento, a GCM realizou 1.774 patrulhamentos preventivos na região do Campolim, 595 no Mangal e 1.755 no Alto da Boa Vista, inclusive próximos aos locais citados”, afirma o Paço.
A Polícia Militar de Sorocaba informa que os bairros Campolim, Mangal e Alto da Boa estão inseridos nos cartões de prioridade de patrulhamento policial. “Esclarecemos, ainda, que é realizado patrulhamento em todos os bairros do município de Sorocaba e que, no mês de junho, foram efetuadas quatro prisões em flagrante por
furto nas imediações, sendo três em estabelecimentos comerciais no Campolim e uma por furto a residência na Vila Jardini. Ressaltamos que não foram encontrados registros de ocorrência relacionada ao referido comércio.”
A PM ressalta ainda telefone de emergência 190 para emergência e convida moradores e comerciantes a participar do Conselho Comunitário de Segurança (Conseg) de sua área, além de aderir ao programa ‘Vizinhança Solidária‘, que melhora o atendimento às necessidades da comunidade.