Clima
Meteorologistas preveem ‘frio de verdade’
Temperaturas mínimas devem atingir os 10ºC na região de Sorocaba

Os moradores da Região Metropolitana de Sorocaba (RMS) devem presenciar, ao longo dos próximos três meses, temperaturas típicas do inverno, incluindo episódios de frio intenso. O prognóstico é dos meteorologistas da Defesa Civil do Estado, que preveem uma característica predominante para cada mês da estação: em julho, frio; em agosto, tempo seco com propensão a incêndios; e, em setembro, calor.
A retomada do que se espera do inverno ocorre, segundo a tenente PM Ludmyla Alcântara, devido à ausência dos fenômenos El Niño (calor) e La Niña (frio), que tiveram grande influência em anos anteriores. “Eles são fenômenos extremos e afetam bastante o clima. Quando não estão ativos, há bem menos oscilação térmica, o que nos permite vivenciar um inverno mais típico”, explica a tenente.
A RMS deve experimentar um clima semelhante ao do restante do Estado, com exceção das áreas litorâneas e da Serra da Mantiqueira, que geralmente apresentam maior variação térmica.
Em relação às temperaturas, as mínimas devem atingir os 10ºC na região de Sorocaba, podendo haver sensação térmica ainda mais baixa, dependendo da intensidade dos ventos.
Mês a mês
Segundo os meteorologistas, logo nos primeiros dias de julho, a chegada de uma frente fria, seguida por uma massa de ar polar, deve provocar pancadas de chuva generalizadas, com possibilidade de raios e rajadas de vento. As temperaturas cairão bruscamente. Uma nova massa de ar frio, prevista para a transição entre a primeira e a segunda quinzena, também causará declínio térmico, porém de forma mais amena.
Agosto deve começar com tempo mais seco e temperaturas elevadas, o que poderá aumentar o risco de queimadas e incêndios florestais. No entanto, a segunda quinzena trará o retorno do frio, com a atuação de novas massas de ar polar que derrubarão novamente os termômetros, repetindo o padrão de quedas acentuadas no início e no fim do mês.
Para setembro, a previsão é de retomada das chuvas e de temperaturas mais altas. As frentes frias, somadas à umidade vinda da Amazônia e do oceano, devem favorecer a ocorrência de precipitações ao longo do mês. Apesar disso, o risco de incêndios florestais deverá ser menor do que o registrado no mesmo período de 2024.
Cuidados
Diante dos alertas de frio e das oscilações climáticas, a tenente Ludmyla ressalta que os grupos mais vulneráveis devem redobrar os cuidados. “Os idosos têm a saúde mais sensível, principalmente por conta das síndromes respiratórias. Os pais também precisam agasalhar bem as crianças. E os animais domésticos não podem ser esquecidos: precisam da nossa atenção.”
Outro ponto importante é a forma insegura com que muitas pessoas buscam se aquecer. Conforme a tenente da Defesa Civil do Estado, é comum, principalmente em áreas rurais, que as pessoas deixem a boca do fogão ligada ou utilizem álcool ou querosene em latas de tinta para acender fogo. “Tudo isso é muito perigoso e pode provocar acidentes graves. É um risco altíssimo. Outro problema é deixar o aquecedor ligado a noite toda. Eles retêm a umidade do ar, o que pode causar problemas respiratórios, além do risco de superaquecimento e incêndio. São pequenas atitudes que podem causar grandes problemas, não só para quem as pratica, mas para toda a vizinhança”, orienta.