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Custo de vida

Cebola lidera alta na cesta básica sorocabana

09 de Junho de 2025 às 21:30
Cruzeiro do Sul [email protected]
Quilo da cebola subiu de R$ 5,04 para R$ 6,23: uma variação expressiva de 23,61%
Quilo da cebola subiu de R$ 5,04 para R$ 6,23: uma variação expressiva de 23,61% (Crédito: MURILO AGUIAR)


O mês de maio trouxe mais uma rodada de aumentos nos preços da cesta básica sorocabana. Dos 34 itens que compõem a cesta, 21 apresentaram alta em relação ao mês anterior. A maior elevação foi registrada na cebola, cujo quilo subiu de R$ 5,04 para R$ 6,23 — uma variação expressiva de 23,61%. Na sequência, a margarina teve a segunda maior alta, com reajuste de 7,25%, passando de R$ 7,17 para R$ 7,69 a unidade. Quando comparado com o mês anterior (abril de 2025), o preço da cesta apresentou um aumento de 0,69%, passando de R$1.171,63 para R$1.179,69, ou seja, R$ 8,06 pagos a mais pelo consumidor.

De acordo com levantamento do Laboratório de Ciências Sociais Aplicadas da Universidade de Sorocaba (Uniso), o aumento no preço da cebola está diretamente relacionado ao período de entressafra no Brasil. A menor oferta interna forçou um aumento nas importações, especialmente da Argentina e do Chile, o que pressionou os preços para cima.

No comércio de Manoel Alves, 41 anos, dono de um pequeno mercado, o impacto já é sentido na rotina. “A cebola tá pesando no bolso. Agora preciso pesquisar mais antes de sair de casa para abastecer meu mercadinho. Muitas vezes, opto por não comprar até encontrar um preço que não me deixe no prejuízo”, comenta.

Por outro lado, alguns produtos apresentaram queda nos preços. O destaque principal foi para os ovos, que tiveram redução de 7,25%, caindo de R$ 13,93 para R$ 12,92 a dúzia. O extrato de tomate também ficou mais barato, com queda de 7,01%, passando de R$ 8,13 para R$ 7,56 a unidade.

A redução no preço dos ovos é atribuída a um aumento na oferta e a uma leve retração na demanda em algumas regiões do país. No entanto, a recente identificação de casos de gripe aviária no Brasil levanta incertezas quanto à manutenção desses preços nos próximos meses.

Para o casal recém-casado Miguel Felipe e Cibelle Marques, o controle do orçamento começou a ser uma prioridade desde as primeiras compras. “Na primeira vez que fomos ao mercado, não tínhamos muita noção do que era essencial nem das quantidades. No fim do mês, vimos o quanto isso pesou”, relatam. Com o tempo, a experiência trouxe mais planejamento. “Agora já sabemos com mais clareza quais alimentos são realmente necessários e, com isso, até sobra um pouquinho para algumas besteirinhas”, concluem. (Murilo Aguiar - programa de estágio)