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Sonhos realizados

Estudantes resgatam cápsula enterrada durante a pandemia

02 de Junho de 2025 às 21:30
Gabrielle Camargo Pustiglione [email protected]
Professora Tatiane e seis alunos buscam a cápsula e, com ela, muitas lembranças
Professora Tatiane e seis alunos buscam a cápsula e, com ela, muitas lembranças (Crédito: GABRIELLE CAMARGO PUSTIGLIONE)

Como será o mundo daqui para frente? Onde você estará daqui a quatro anos? O que estará fazendo? Vai ter cura para a Covid-19? Alunos da Nova Escola responderam a esses questionamentos em forma de cartas, endereçadas a eles próprios e às suas famílias, com memórias que marcaram a quarentena.

O material foi armazenado em um tubo de PVC, denominado “cápsula do tempo”, e enterrado no jardim do colégio, localizado na Vila Jardini, em Sorocaba, em setembro de 2021. Na cápsula, além das cartas, havia fotos, uma edição do Cruzeiro do Sul e um bilhete-promessa para resgatar a cápsula em maio de 2025.

O Cruzeiro, inclusive, acompanhou a atividade em 2021 e a registrou nas páginas do suplemento Cruzeirinho daquela época. A proposta da professora Tatiane Reis surgiu em um momento de incertezas, medos, mas também de sonhos. Mais do que uma simples atividade escolar, a cápsula do tempo foi uma forma de trabalhar o emocional das crianças na ocasião.

Os anos se passaram, as crianças cresceram e a promessa foi cumprida. No sábado (28), Tatiane e seis alunos resgataram a cápsula e, com ela, muitas lembranças. Emocionada, a docente leu a carta enterrada junto à cápsula, que dizia: “Espero que em 2025, quando nos reunirmos para abrirmos a nossa cápsula, possamos estar com saúde, felizes e mais preparados e que possamos estar sem máscara, algo que ficou no passado e que nos marcou profundamente e nos ensinou muito”.

A estudante Alice Machado, hoje com 14 anos, contou que um de seus desejos está prestes a se realizar. Na carta, ela dizia sonhar em conhecer a Disney para comemorar o aniversário de 15 anos e desejava estar com saúde para curtir muito. Hoje, cheia de saúde, já está com viagem marcada para as férias de julho.

Frederico Serpa desejava que, ao abrirem a cápsula, a aflição e o medo da pandemia tivessem passado. Entre seus desejos, estavam não repetir de ano, melhorar a letra e poder curtir a vida sem máscara, anseio compartilhado pela maioria.

Os colegas Antônio Bertognoli Menezes e João Pedro Scobar sonhavam em ser craques no esporte. Hoje, Antônio se dedica ao vôlei e João ao futebol. Ambos seguem cheios de saúde, sonhos e gratidão pelo que viveram.

O maior desejo de todos foi realizado: o mundo está melhor e a pandemia de Covid-19 virou parte do passado. Reencontraram-se sem máscaras, com um futuro promissor pela frente e com a certeza de que aprenderam a valorizar as pequenas coisas, como a vida, a natureza e as memórias.

 

O que dizia a carta?

“Espero que em 2025, quando nos reunirmos para abrirmos a nossa cápsula,
possamos estar com saúde, felizes e mais preparados e que possamos estar sem máscara, algo que ficou no passado e que nos marcou profundamente e nos ensinou muito”.

 

 

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