Dengue
Índice larvário de Sorocaba cai, mas ainda está longe do ideal
Levantamento recente aponta que a cada cem casas, 5,4 tinham larvas do Aedes aegypti; ideal é um ou menos

O índice larvário — ferramenta usada para avaliar a presença e a densidade de larvas do mosquito Aedes aegypti — em Sorocaba caiu de 8,2 para 5,4. O novo número se refere a maio, enquanto o anterior foi analisado em janeiro. Segundo a prefeitura, o clima mais ameno ajudou para a queda. Contudo, o nível ainda está longe do ideal, que é um ou menos.
A medição, na prática, indica que agora, a cada cem casas, 5,4 tinham larvas do Aedes aegypti, o causador da dengue, febre amarela, zika e chikungunya. Segundo a Zoonoses, o maior índice foi registrado na região noroeste da cidade, que engloba os bairros Parque São Bento, Jardim São Guilherme, Jardim Maria Eugênia e Vila Helena.
“Em comparação com janeiro, o índice é sempre menor. Portanto, a expectativa é de queda, considerando o clima mais ameno e a diminuição da quantidade de chuvas”, explica a Prefeitura de Sorocaba, em nota.
Apesar disso, a Zoonoses reforça que tais condições climáticas não significam diminuir a atenção da população com relação aos criadores do mosquito. No caso do Aedes, entre as orientações está a de não deixar água parada em recipientes, pratos de vasos de plantas, calhas entupidas e outros recipientes que possam acumular água, assim como fazer o descarte correto dos materiais.
De acordo com a prefeitura, as ações de prevenção e combate, que incluem visita de agentes nas residências e a nebulização, são realizadas o ano todo e no período sazonal (primeiro semestre) são intensificadas. A programação, ainda conforme a municipalidade, é divulgada nas redes sociais.
Outras medições do índice larvário são realizadas ao longo do ano. O Ministério da Saúde preconiza que os levantamentos sejam feitos nos meses de janeiro, maio, julho e outubro.
Sorocaba fecha o quinto mês de 2025 com 12.917 casos e 14 óbitos confirmados por dengue. Outras 16 mortes são investigadas pelo Instituto Adolfo Lutz. Comparado com abril, em maio houve 36% de aumento nas infecções por dengue, de 3.228 para 4.381. Os números são um levantamento do Cruzeiro do Sul com base nos boletins divulgados às segundas e quintas pela prefeitura.
Além da dengue, a chikungunya também fez uma vítima na cidade. É uma mulher, de 51 anos, que se infectou no Mato Grosso. Ela está bem e em fase de recuperação.