O diretor-geral do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) de Sorocaba, Glauco Fogaça, compareceu à Câmara ontem (15) para prestar esclarecimentos sobre a qualidade da água consumida na cidade, em meio ao aumento dos casos de hepatite A. Fogaça negou relação entre a água tratada e a doença, enfatizando que são realizados cerca de 80 testes diários para garantir a segurança do fornecimento. A visita, durante a sessão ordinária, foi motivada por um requerimento do vereador Fernando Dini (PP), e contou com a presença do engenheiro Carlos Belo, supervisor de tratamento da autarquia.

Os vereadores falaram de algumas preocupações, entre elas o uso recreativo da “prainha” do Parque Porto das Águas. Fogaça explicou que o local passou por testes de balneabilidade e pode ser utilizado para lazer, mas não para consumo, como ocorre em praias comuns. Ele também descartou qualquer contaminação da água da prainha com resíduos do antigo aterro sanitário do Retiro São João. O vereador Fausto Peres e Dylan Dantas (PL) reforçaram a importância de mais informações sobre a qualidade da água naquele ponto.

Outros parlamentares abordaram temas como despejo irregular de esgoto em córregos, falhas no lago do Parque dos Espanhóis, e riscos relacionados ao Valo de Oxidação do Éden, que poderia ser criadouro do mosquito transmissor da dengue. Fogaça afirmou que há um mapeamento em andamento e que equipes serão enviadas para verificar as situações apontadas.

Durante a sessão, questões sobre obras e infraestrutura também foram abordadas. O vereador João Donizeti (União Brasil) criticou o Departamento de Estradas de Rodagem (DER) por dificultar a troca da adutora do Cajuru, essencial para o abastecimento da região. Já Silvano Jr. (Republicanos) perguntou sobre o andamento das obras no piscinão da Vila Rica e no Jardim Maria do Carmo. Fogaça explicou que ambas estão em fase de execução e devem ser concluídas em breve.

Por fim, os vereadores destacaram a necessidade de ações conjuntas entre o Saae, a Cetesb e o Ministério Público no combate à poluição de rios como o Pirajibu, onde há denúncias de mortandade de peixes. Fogaça informou que já há uma ação civil pública em andamento. (Da Redação)