A praia artificial do Parque Porto das Águas em Sorocaba segue aberta, mesmo com a recomendação do Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) para a interdição do local. Porém, agora com salva-vidas todos os dias. Antes, os profissionais estavam presentes apenas em finais de semana e feriados.

Os visitantes continuam frequentando o local, alguns pela primeira vez, mas sabendo do ocorrido com o adolescente de 13 anos, que morreu afogado no lago, na sexta-feira (2). Segundo a chefe de cozinha Magali Aparecida de Lima, de 32 anos, “o lugar é bonito, o que falta é estrutura. Na minha opinião era para ter salva-vidas e pelo jeito não tinha. Não adianta colocar só porque está lotado, mesmo que tenha pouca gente, tem que ter. Ainda quando está lotado pode ser que alguém consiga ver e tentar ajudar (em caso de afogamento)”, disse.

Para o pedreiro Cícero Pereira de Andrade, de 44 anos, faltam medidas de segurança. “Precisava ter um barco para melhorar para os turistas. Eu acho que não deveriam fechar o espaço, só precisa ter salva-vidas e barco, para se tiver outro acidente como o que aconteceu tem como socorrer rápido”, opinou.

Segundo o salva-vidas Thales Giupponi, de 37 anos, 12 pessoas já foram salvas em princípio de afogamento — quando a pessoa pede socorro — na praia artificial. “Todas salvas em segurança”, afirmou. O profissional disse que “é necessário obedecer as placas e a sinalização das boias para evitar” acidentes.

Ontem (6) à tarde, no local, havia guardas civis municipais, para manter a segurança; dois profissionais da Secretaria Municipal de Esporte e Qualidade de Vida (Sequav), que informavam o público sobre a utilização do espaço; e os salva-vidas.

Medida do MP-SP

A recomendação do Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) foi protocolada pelo promotor Jorge Alberto de Oliveira Marum e o documento foi atualizado ontem (6) com novas solicitações.

Entre as demandas estão: a Prefeitura de Sorocaba tem 30 dias para criar uma lei ou decreto do Parque Natural “Porto das Águas” e regulamentar seu funcionamento; licença ambiental para a implantação dos lagos e da praia artificial; origem da água lançada na área, existência de descarte de esgoto ou outros materiais por meio de tubulação instalada no local; testes de qualidade da água; previsão para remoção de resíduos sólidos e sujeira das margens e implantação de estruturas acumulada nas margens.