Afogamento
Vereadores pedem interdição de ‘prainha’
Mesmo após a tragédia, espaço de lazer segue funcionando; parlamentares acionam o MP e cobram plano de segurança da prefeitura

Após um dia do acidente que causou a morte de um menino de 13 anos por afogamento na “prainha” de Sorocaba, as atividades seguem normalmente no local. Na manhã de ontem (3), famílias e amigos utilizavam o espaço de lazer criado no Parque Porto das Águas, localizado na avenida Quinze de Agosto. Diante desse cenário, vereadores pedem a interdição do local.
Entre os parlamentares que se manifestaram nas redes sociais a respeito do ocorrido, está Dylan Dantas (PL). O vereador protocolou uma representação ao Ministério Público solicitando a suspensão das atividades da prainha, bem como uma investigação para apurar as circunstâncias da morte do jovem. No documento, ele cita que a presença constante de salva-vidas e a adoção de medidas preventivas poderiam ter evitado o acidente.
Diante deste cenário, a representação ainda pede que a Prefeitura de Sorocaba seja notificada para apresentar, no prazo de 10 dias, um plano de ação para as questões de segurança citadas. Outro aspecto elencado pelo vereador é a falta de sinalização adequada.
“A interdição do local é imprescindível para evitar que outras famílias sofram perdas irreparáveis, enquanto a investigação se faz necessária para garantir justiça à família da vítima e responsabilizar os eventuais culpados”, aponta Dantas, no documento.
O vereador Izídio de Brito (PT) também usou as redes sociais para informar que está reunindo informações para solicitar a interdição da praia artificial, também ao Ministério Público. De acordo com o político, a ação é necessária para investigar as responsabilidades do afogamento e evitar outras tragédias.
Atividades normais
Apesar da movimentação dos membros do Legislativo sorocabano, as atividades da prainha seguem normalmente. Uma equipe de reportagem do Cruzeiro do Sul esteve no local na manhã de ontem (3) para analisar a situação.
Na ocasião, crianças, acompanhadas dos pais, brincavam na parte mais rasa do lago artificial, enquanto adultos nadavam no lago do próprio parque, para além da área permitida. Conforme apurado no local, na presença de salva-vidas, as pessoas podem ir até a parte mais funda.
Além dos profissionais para auxiliar em situações de risco, também havia uma ambulância estacionada e equipe da Guarda Civil Municipal (GCM).
Relembre o caso
Um adolescente, de 13 anos, morreu afogado na tarde desta sexta-feira (2), na “prainha” de Sorocaba. Na ocasião, o irmão, de 15 anos, também estava junto e se afogou. Contudo, o mais velho foi socorrido por um banhista.
Segundo o Corpo de Bombeiros, os jovens ultrapassaram a barreira e foram até uma área que tem cerca de seis metros de profundidade. Os dois se afogaram, e um homem que estava no local pulou para socorrer os meninos.
Desta forma, o garoto de 15 anos foi resgatado pelo frequentador do parque e passa bem. Já o adolescente de 13 anos ficou submerso, sendo encontrado pelos bombeiros cerca de 20 minutos após o afogamento.
Ainda conforme a corporação, no momento do incidente não havia salva-vidas no local, pois a equipe está presente no parque somente aos finais de semana e feriados.
O que diz a prefeitura
Em nota oficial divulgada após o episódio, a Prefeitura lamentou o ocorrido e informou que está dando suporte para a família do adolescente.
O Cruzeiro do Sul também questionou sobre as medidas de segurança do local, bem como acerca da movimentação dos parlamentares para a interdição da prainha. Contudo, a administração municipal não se manifestou a respeito. O espaço segue aberto. (Da Redação)
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