Buscar no Cruzeiro

Buscar

Fiscalização

MP-SP investiga poluição do rio Tietê

01 de Maio de 2025 às 23:19
Cruzeiro do Sul [email protected]
Águas do rio Tietê, com poluentes provocam grande quantidade de espuma no trecho de Salto
Águas do rio Tietê, com poluentes provocam grande quantidade de espuma no trecho de Salto (Crédito: FÁBIO ROGÉRIO / ARQUIVO JCS)

O Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) divulgou, nesta quarta-feira (30), que vai apurar as causas, responsabilidades e consequências da poluição no rio Tietê. As investigações ocorrerão por meio do Programa de Atuação Integrada, instituído pela Procuradoria-Geral de Justiça na segunda-feira (28).

Conforme informado pelo MP, as equipes serão compostas por promotores de Justiça naturais, membros da Promotoria de Justiça de Meio Ambiente da Capital e do Grupo de Atuação Especial de Defesa do Meio Ambiente (Gaema).

Entre as atribuições do novo programa estão o acompanhamento das políticas públicas propostas ou em desenvolvimento pelo Estado de São Paulo para o controle da poluição no rio Tietê e seus afluentes. A instauração de processos investigatórios e a apresentação de medidas em ações cívicas também fazem parte das competências do órgão estadual.

Além disso, os integrantes do Programa de Atuação Integrada deverão auxiliar a Procuradoria na celebração de convênios, termos de cooperação e outras parcerias com instituições que atuem na área ambiental. Contudo, essas demandas não interferirão nas atribuições relativas aos cargos que já ocupam.

Programa

De acordo com o procurador-geral de Justiça, Paulo Sérgio de Oliveira e Costa, o caráter do rio Tietê é transmunicipal. Portanto, na Resolução n.º 2.052/2025, que criou o Programa de Atuação Integrada, ele aponta para a necessidade da criação de uma ação organizada de âmbito regional para combater a poluição do rio Tietê.

“Recentes notícias apontam para a proliferação em grande escala de cianobactérias no curso do rio, abarcando vários municípios do interior do Estado de São Paulo, tendo como consequências a mortandade de peixes, bem como a interrupção da captação de água, da pesca e do lazer, além de outros danos ambientais, sociais e econômicos a serem apurados”, cita no documento.

A Resolução também destaca que o rio Tietê é um dos rios mais poluídos do mundo. Segundo estudos da SOS Amazônia, a mancha de poluição do Tietê cresceu 24% somente em 2024.

O que diz a Semil

Ao Cruzeiro do Sul, a Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil) do Estado de São Paulo informou que está à disposição do Ministério Público para prestar esclarecimentos. Além disso, a pasta acrescenta que já possui um plano de ação articulado e contínuo para reverter a situação na bacia do Tietê.

Entre as políticas públicas existentes, a Semil cita o Grupo de Fiscalização Integrada das Águas do Rio Tietê (GFI-Tietê), o Programa IntegraTietê e o Programa Rios Vivos.(Da Redação)