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Mais de quatro mil empregos são gerados no 1º trimestre na cidade

30 de Abril de 2025 às 21:30
Vanessa Ferranti [email protected]
Setor de construção está aquecido
Setor de construção está aquecido (Crédito: FÁBIO ROGÉRIO)

Sorocaba criou 1.356 vagas de emprego formal em março deste ano, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) divulgados, ontem (30), pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). O resultado é inferior a fevereiro, quando foram abertas 1.956 vagas. No acumulado do primeiro trimestre, o município contabilizou 4.834 novas oportunidades no mercado de trabalho — um aumento de aproximadamente 4,4% em relação ao mesmo período de 2024, quando foram gerados 4.615 empregos.

O setor que mais teve destaque em março foi o de serviços, com a criação de 1.022 postos de trabalho. Em seguida aparece construção com 295 vagas e atrás está o comércio com 102 vagas. A agropecuária teve saldo negativo, -4 postos de trabalho e a indústria encerrou o mês em último lugar, com 59 vagas fechadas.

Segundo o economista e professor Geraldo Almeida, os números estão ligados à abertura de negócios. Ele explica que muitas pessoas têm deixado o emprego formal para atuar como microempreendedores individuais, especialmente na área de prestação de serviços. Com isso, precisam contratar mão de obra, o que impulsiona o crescimento do setor de serviços.

Já a diminuição de vagas na indústria, acrescenta ele, está ligada aos feriados de março e à queda na expectativa em relação à economia. “Teve o Carnaval em março, então as indústrias anteciparam as contratações, mas você também tem uma queda de expectativa, principalmente na indústria, por conta de juros altos. O crédito aperta, as famílias ficam mais preocupadas, diminuem o consumo e isso reflete na contratação”, explica.

Em contrapartida, o comércio teve aumento de mais de 200% em março, se comparado a fevereiro. Números influenciados pelas datas comemorativas, como Páscoa e Dia das Mães. A construção também aparece em crescente. Em fevereiro o saldo foi de 290 vagas e em março 295.

“A cidade é quase que um canteiro de obras. Lançamentos de prédios demandam mão de obra e tem outra expectativa boa para o setor, que é a nova faixa do Minha Casa Minha Vida, de até R$ 12 mil. Então, isso vai colocar mais compradores no mercado e a construção civil tem de se antecipar”, destaca Geraldo Almeida.

Para o economista, os números devem continuar positivos. No entanto, podem diminuir ao longo dos meses devido a escolha pelo trabalho informal. “Essas novas relações de trabalho é que estão fazendo com que a economia apresente diferenças”, afirma. “As pessoas aceitam ir para esse mercado por conta do recebimento no final do dia. É uma questão de geração. Ela não leva tanto em consideração os benefícios, por exemplo, mas faz a conta de que no mês ela receberá mais. Isso é um movimento que tem feito bastante impacto na economia.”

 

 

Saldo nacional também é positivo

 

O Brasil encerrou março com saldo positivo de 71.576 empregos com carteira assinada. Já no mesmo mês do ano passado, o saldo positivo foi de 244.315 empregos. Segundo o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, a diferença pode ser explicada pelo fato de o Carnaval deste ano ter caído em março, em vez de ser em fevereiro, como normalmente ocorre. No acumulado de janeiro a março, o saldo foi de 654.503 empregos, resultado de 7.138.587 admissões e 6.484.084 desligamentos. (Agência Brasil)

1) Serviços (+52.459 postos)

2) Construção (+21.946 postos)

3) Indústria (+13.131 postos)

** Comércio e agropecuária tiveram quedas, com -10.310 postos e

-5.644 postos, respectivamente