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Prevenção

Serviço pioneiro auxilia combate às arboviroses no Estado de São Paulo

São 71 unidades distribuídas pelo estado, em 62 regiões de Saúde

11 de Março de 2025 às 22:00
Cruzeiro do Sul [email protected]
Unidades sentinelas identificam a circulação de vírus
Unidades sentinelas identificam a circulação de vírus (Crédito: DIVULGAÇÃO/GOVERNO DE SP)

Um serviço inovador implementado pelo Governo de São Paulo tem mostrado eficácia na identificação rápida dos vírus circulantes no estado, auxiliando os técnicos da Secretaria de Estado da Saúde (SES) a tomar decisões no momento oportuno. Trata-se das unidades sentinelas de arboviroses, que, por exemplo, identificaram a predominância do sorotipo 3 da dengue neste ano e a chegada da febre Oropouche em 2024. A estratégia de monitoramento está distribuída entre hospitais, unidades de saúde e laboratórios.

Atualmente, 71 unidades sentinelas estão distribuídas pelo estado, em 62 regiões de Saúde. Por meio delas, profissionais de saúde realizam coletas de dados e testes laboratoriais. Após a detecção do vírus, a SES adota medidas de controle e prevenção, direcionando recursos e esforços para o enfrentamento das arboviroses urbanas.

“Desde o ano passado, conseguimos verificar que o sorotipo 3 da dengue estava entrando no estado. Também foi por meio das unidades sentinelas que identificamos, em 2024, o surgimento dos casos de febre Oropouche”, afirma Regiane de Paula, coordenadora de Saúde da Coordenadoria de Controle de Doenças.

Essas unidades sentinelas realizam a coleta de duas a cinco amostras por semana de pacientes que apresentam sintomas suspeitos de dengue, como febre alta, dor atrás dos olhos e dor de cabeça, até o quinto dia do início dos sintomas.

As amostras são registradas no Gerenciador de Ambiente Laboratorial (GAL), sistema próprio do Instituto Adolfo Lutz (IAL), e enviadas para análise. No IAL, as amostras são testadas para detectar arboviroses, e os resultados ajudam a monitorar a doença e orientar decisões de saúde pública, como medidas de controle e alertas à população. Dependendo da situação epidemiológica, o laboratório pode solicitar exames adicionais para detectar outras arboviroses, como a febre Mayaro e a febre Oropouche.

Com o aumento dos casos de dengue no estado, o Governo de São Paulo tem intensificado a vigilância para identificar precocemente mudanças no padrão de circulação dos arbovírus. O monitoramento da predominância do sorotipo 3 ou da possível introdução de um novo vírus permite a adoção de medidas oportunas de enfrentamento. Esse acompanhamento é fundamental para identificar áreas de maior risco e fortalecer as ações de controle.

Ações do Governo de São Paulo

O Governo de São Paulo tem reforçado suas ações de combate às arboviroses com o repasse de R$ 228 milhões por meio do IGM SUS Paulista (Incentivo à Gestão Municipal), destinado a apoiar os 645 municípios no enfrentamento das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. Além disso, foi criado o Centro de Operações de Emergências (COE), que coordena e integra as ações de vigilância, prevenção e controle das arboviroses.

O COE monitora a situação epidemiológica em tempo real, articula ações entre os setores e direciona recursos para as regiões mais afetadas, visando uma resposta eficiente às emergências em saúde pública. (Da Redação, com informações da Agência SP)