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Quaresma

Missa das Cinzas marca campanha ecológica

Arcebispo metropolitano fez celebração e falou sobre a Campanha da Fraternidade deste ano

05 de Março de 2025 às 21:43
Cruzeiro do Sul [email protected]
No rito, que simboliza a penitência, o sacerdote impõe a cinza na cabeça dos fiéis
No rito, que simboliza a penitência, o sacerdote impõe a cinza na cabeça dos fiéis (Crédito: FÁBIO ROGÉRIO)

A Missa das Cinzas reuniu centenas de fiéis católicos na Catedral Metropolitana de Sorocaba Nossa Senhora da Ponte ontem (5), na celebração de meio-dia. As missas da data marcam o início da Quaresma para os católicos. No rito, o sacerdote coloca as cinzas na cabeça dos fiéis. Neste 2025, em especial, há consonância especial com o mote da campanha “Fraternidade e Criação”, que tem o lema “Deus viu que tudo era muito bom” (Gn 1,31), que convida à conversão ecológica. A Campanha da Fraternidade é uma tradição anual da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), realizada durante a Quaresma.

Retornando ao Brasil depois de alguns dias em uma temporada particular no Japão, o arcebispo de Sorocaba, Julio Endi Akamine, celebrou a missa do meio-dia.

“A Quarta-Feira de Cinzas é para celebrar a Páscoa do nosso Senhor Jesus Cristo. É a chance de se arrepender dos pecados para encontrar o caminho de uma vida melhor, mais próxima de Deus. E é com isso que a campanha (da Fraternidade) pretende se aproximar, com pessoas mais conscientes e limpas para tratar melhor nosso mundo. A ‘ecologia integral’ deve ser uma mudança de vida para as pessoas”, explica o arcebispo.

No rito mencionado, ao final da missa, ao receberem as cinzas, os fiéis iniciam o tempo instituído para a sua purificação. “Esse ano a campanha tem três partes fundamentais: oração, jejum e caridade. E é com esta última que o amor fraterno pode nos deixar mais perto dos votos de Jesus”, disse o padre Tadeu Rocha Moraes, pároco da Catedral Metropolitana, e que auxiliou dom Julio na missa.

“Precisamos conservar a natureza, precisamos deixá-la menos machucada. As enchentes ocorridas no fim de ano mostram bem isso, em como a natureza deve ser respeitada e tratada”, ressaltou o padre Tadeu.

A administradora Joel­ma Soares, 56 anos, faz questão de comparecer e celebrar a data na catedral. “É uma das missas mais importantes do ano. Sempre compareço para realizar minhas obrigações para com Deus.”

Páscoa

O rito das cinzas foi oficializado na liturgia católica pelo papa Gregório Magno (540-604), na virada do século 17, mas já existia desde a introdução da Páscoa, no século 4. “O próprio Jesus fez Quaresma”, disse o padre Tadeu, ao comentar sobre os 40 dias de recolha e penitência que os católicos devem respeitar. A Quaresma é o período de preparação para a celebração da Páscoa e é marcada por práticas de penitência, como jejuns e obras de caridade.

A data da Páscoa é móvel. Neste ano cairá no dia 20 de abril. Os critérios de escolha levam em consideração o equinócio da primavera e fases da Lua. O dia da Páscoa é escolhido como o primeiro domingo que acontece depois da primeira Lua cheia após esse equinócio da primavera. E é por meio da Páscoa que são definidas a Quarta-feira de Cinzas, o primeiro dia da Quaresma, e a terça-feira de Carnaval. (Tom Rocha)


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