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Animais silvestres

Macacos bugios fazem parte da rotina na Vila Hortência

04 de Março de 2025 às 22:00
Beatriz Falcão [email protected]
A orientação aos moradores é manter distância, já que são animais silvestres
A orientação aos moradores é manter distância, já que são animais silvestres (Crédito: FÁBIO ROGÉRIO)

A presença de macacos não é algo incomum para os moradores da Vila Hortência, localizada na zona leste de Sorocaba. Na realidade, eles já estão acostumados com as aparições. Os mamíferos são considerados animais de vida livre, uma vez que habitam a área verde que faz limite com o Parque Zoológico Municipal Quinzinho de Barros.

Valquíria de Oliveira, de 68 anos, mora na rua Teodoro Kaisel e frequentemente recebe visitas de macacos, principalmente no início do dia e no final da tarde, quando o sol está mais fraco. Inclusive, já aconteceu de um dos primatas entrar em seu quintal para pegar manga do pé. Embora sejam animais silvestres, a moradora garante que a presença é inofensiva.

“Nós, que moramos nessa região próxima ao Zoológico, já estamos acostumados. Eu, por exemplo, moro aqui há anos e nunca aconteceu nenhum problema”, relata a senhora. “Claro, nós mantemos distância e não alimentamos, para não incentivar a vinda deles e até mesmo para evitar algum acidente.”

O mesmo acontece com Valdirene Godinho, de 51 anos, que também mora na região. Para ela, é normal encontrar macacos em árvores, atravessando pelos fios dos postes de energia e até mesmo andando pelos muros. Desta forma, os mamíferos são considerados “vizinhos” dos moradores.

“Eles realmente não atrapalham em nada, na verdade, é até bonitinho encontrar eles. É uma realidade que nós nos acostumamos, afinal, estamos na casa deles”, aponta Valdirene. “A nossa única preocupação é com a fiação elétrica, porque eles podem levar choque ao passar pelos fios.”

Recomendações

O biólogo do Zoológico Municipal, Marcos Tokuda, estima que na mata ao redor do Quinzinho de Barros vivam entre 20 e 25 macacos da espécie bugio. De acordo com ele, como esses animais são de vida livre, não é possível controlá-los nem impedi-los de acessar as áreas residenciais.

“Os macacos são animais silvestres, portanto, orientamos a população a manter distância”, explica o especialista. “É importante não tentar tocar, fazer carinho ou qualquer tipo de contato físico. Como é um animal selvagem, é imprevisível. Em um movimento mais brusco, ele pode se assustar e acabar atacando, o que pode gerar um acidente.”

O ideal, segundo Tokuda, é esperar que o mamífero se afaste sozinho. Se o primata estiver saudável, a tendência é que ele retorne para a mata. Caso o macaco esteja machucado ou apresente algum risco à saúde humana, o biólogo orienta que se acione órgãos ambientais, como o Corpo de Bombeiros ou a Polícia Ambiental.

“Outro ponto importante é em relação aos animais domésticos, principalmente cães. Caso o morador tenha algum pet e o macaco apareça no quintal, é importante deixar o animal de estimação longe, talvez na garagem, para evitar acidentes”, destaca o biólogo.

O que diz a Prefeitura

Assim como citado por Marcos Tokuda, a Prefeitura ressalta que os bugios não pertencem ao Parque Zoológico Municipal “Quinzinho de Barros”.

“Esses animais, que vez ou outra são vistos próximo ao Zoo, habitam a mata nativa existente no local”, reforça a administração municipal. “A recomendação é que o morador não interfira no trajeto do animal e que não tenha contato com ele. Caso haja uma situação de risco à integridade do morador, ele deve acionar o Corpo de Bombeiros ou a Polícia Ambiental”.

 

 

 

 

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