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Infraestrutura

Parlamentar defende via elevada na marginal direita

28 de Fevereiro de 2025 às 23:39
Gabrielle Camargo Pustiglione [email protected]
Presidente da Câmara propôs
Presidente da Câmara propôs "solução", mas que foi descartada pela prefeitura (Crédito: FÁBIO ROGÉRIO (27/2/2025))

O vereador e presidente da Câmara, Luis Santos (Republicanos), reivindicou ao Executivo a realização de estudo técnico para a construção da via marginal direita do rio Sorocaba de forma suspensa, tipo viaduto. O motivo para elevação da pista é o de minimizar os impactos ambientais, pois há uma mata preservada. Além disso, Santos pediu à Prefeitura de Sorocaba um parque linear na margem direita do rio, no perímetro entre a rua Padre Madureira e a avenida 15 de Agosto.

Luis Santos formulou o pedido por meio de requerimento destacado e aprovado na Câmara, na sessão de dia 20 de fevereiro. O vereador solicitou estudos por parte do Centro de Aceleração Desenvolvimento e Inovação (Cadi). Esboços da via suspensa foram produzidos pelos servidores da Câmara: Rafael Alves, coordenador de Qualidade Gráfica, e a designer Kethelly Ligia de Oliveira, que integra o setor.

“O objetivo da minha proposta é trazer uma alternativa com menos impacto ambiental ao projeto de construção de uma marginal direita do referido rio. Proponho a construção de um parque linear embaixo da linha elevada, sem prejuízo das árvores existentes no local”, explica Santos, observando que o projeto da marginal direita prevê que ela terá 1.800 metros de extensão, contando com dois sentidos de circulação, além de ciclovias e pista de caminhada.

No requerimento do presidente da Câmara, ele observa que o projeto de construção da marginal direita tem o intuito de melhorar a mobilidade urbana, mas traz possíveis danos ambientais, tais como cortes e aterros, supressão de vegetação nativa e impermeabilização da margem do rio. Para ele, a proposta de se construir a via marginal suspensa contribuiria para melhorar o trânsito na cidade, enquanto o parque linear, ao nível do chão, com áreas para caminhada, ciclovias e espaços de lazer, evitaria a supressão de árvores.

A Prefeitura de Sorocaba, por meio do Centro de Aceleração, Desenvolvimento e Inovação (Cadi), se posicionou sobre a proposta. “Essa alternativa não elimina os impactos ambientais, pois a estrutura exigiria apoios robustos, o que demandaria a supressão de vegetação em diversos pontos. Além disso, a solução aérea geraria impacto visual agressivo e apresentaria inviabilidade econômica, tanto em termos construtivos quanto funcionais. Também dificultaria o desenvolvimento de infraestrutura urbana no entorno, limitando a instalação de serviços, comércios e demais equipamentos necessários ao crescimento sustentável da região,”

A administração municipal ressalta que a marginal direita tem sido pauta de estudos e discussões públicas há pelo menos quatro décadas. “Não se trata de uma via expressa que apenas conecta extremos, mas de um eixo viário que interliga trechos intermediários, permitindo a integração do fluxo de veículos tanto com as vias existentes quanto com aquelas que poderão ser implantadas futuramente.”

Embora a área seja classificada como Área de Preservação Permanente (APP), a vegetação presente não é predominantemente nativa, sendo composta, em sua maioria, por espécies invasoras que já deveriam ter sido erradicadas para a melhor conservação do trecho de mata, informa a prefeitura. Quanto à mata ciliar, o projeto “prevê a melhor ocupação possível da faixa de uso, preservando a maior extensão de vegetação remanescente”.

O estudo ambiental para o licenciamento da obra passa por análise e aprovação da Cetesb.