O 4º Distrito Policial de Sorocaba investiga dois furtos que aconteceram recentemente na escola estadual José Reginato, no Jardim Simus. O último ocorreu na madrugada de terça-feira (18) e foram levados diversos itens, entre eles fiação elétrica.

O anterior foi no final de semana. Na ocasião, conforme o boletim de ocorrência que o Cruzeiro do Sul teve acesso, a responsável pela unidade escolar descreveu que o suspeito entrou durante a madrugada do dia 16 e furtou torneiras de metal e fios. O homem tentou levar ainda o hidrômetro, mas não conseguiu e apenas o danificou.

Diante da situação, a reportagem foi até o local, mas não foi autorizado a entrada e conversa com a responsável pela unidade. Contudo observou que haviam fios cortados próximos a câmera localizada perto do portão de entrada. O telefone da escola também não estava funcionando na terça-feira (18), provavelmente devido ao furto.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), as equipes do 4º DP realizam diligências afim de identificar e prender os responsáveis. Apesar dos furtos, as aulas não foram prejudicadas.

Respostas

Questionada sobre os itens furtados, assim como as medidas de segurança na escola, a Secretaria Estadual de Educação (Seduc-SP) limitou-se a dizer, por meio de nota, que lamenta pela unidade ter sido vítima de furto. “As aulas não foram afetadas e a escola conta com sistema de segurança com alarmes e câmeras. Um boletim de ocorrência foi registrado e a unidade está à disposição das autoridades para colaborar com as investigações”, complementa o documento.

A SSP também foi procurada e pontuou dados da cidade como um todo. “O município registrou uma redução de 18,48% nos roubos e furtos em geral em 2024 em comparação com o ano anterior. Além disso, 2.601 infratores foram presos e apreendidos e 240 armas de fogo foram retiradas das ruas, refletindo o empenho das autoridades no combate à criminalidade”, cita a nota.

O órgão de segurança também explicou que conta com os programas - Ronda Escolar e Vizinhança Solidária - para garantir a segurança nas imediações de instituições de ensino. “Contamos, ainda, com o apoio dos Conselhos Comunitários de Segurança (Consegs), incluindo a comunidade escolar, para obter informações e denúncias que, somadas ao monitoramento dos indicadores, ajudam no planejamento de ações preventivas de combate ao crime e manutenção da ordem em locais com maior incidência de ocorrências”, finaliza.

Piora no último ano

Uma moradora há 20 anos do bairro, que é integrante do Vizinhança Solidária, disse ao Cruzeiro do Sul que nos últimos dois anos a presença de usuários de drogas tem aumentado. “Na grande maioria, eles acabam furtando pra depois trocar por droga e, no último ano, os furtos pioraram bastante aqui na zona oeste”, relata.

Apesar de não morar perto da escola em questão, ficou sabendo da ocorrência por meio de um grupo que tem com outros moradores do bairro. “Sabemos de algumas coisas e cada vez mais a gente fica preso dentro de casa por medo do que possa acontecer enquanto eles (infratores) ficam livremente por aí”, acrescenta a moradora.