Polícia Civil
Bebê morto em piscina estava em "creche clandestina"
Caso ocorreu no dia 12 de fevereiro no bairro Santa Catarina

O bebê de 1 ano e 11 meses que morreu depois de cair em um piscina no bairro Santa Catarina, zona norte do Sorocaba, no dia 12 de fevereiro, estava sob os cuidados de 3 mulheres em uma espécie de "creche clandestina".
A mãe do menino, uma moça viúva de 18 anos, deixava a criança no local para poder trabalhar. Lá, havia mais quatro crianças, além do seu filho. As três mulheres do lugar cobravam um valor de cada mãe e se dispunham de cuidar das crianças. No local (ainda em fase de construção), chamado informalmente de "polo", havia brinquedos e equipamentos infantis além da piscina.
A vítima estava numa creche da Prefeitura também, mas em fase de adaptação, portanto a mãe também deixava ela neste local informal. No começo da tarde do dia 12, na hora de um lanche, as 3 mulheres que cuidavam da creche notaram a ausência do menino, e o acharam na piscina.
Elas tentaram reanimar o menino, sem sucesso. Levaram-no para a UBS do Vitória Regia e chamaram a mãe. O menino chegou a ser entubado, mas foi dado como morto pouco depois.
A polícia trata o caso como homicídio, e a dona da creche, bem como as outras duas mulheres, podem responder pelo crime, dada a nítida negligência. "Vale lembrar que homicídio também se dá por omissão" , explica o delegado Acácio Aparecido Leite, titular do 8o DP, que conduz o caso. Ele está na espera de laudos do Instituto Médico legal - IML para determinar outras circunstâncias da morte do menino.
As informações foram divulgadas em uma coletiva de imprensa, realizada na Delegacia Seccional de Sorocaba na terça-feira (18), com o delegado Acácio, com o delegado assistente Francisco Fraga Silveira, do 8º DP, e a delegada Marta Ayres Cardum, representando o delegado seccional José Humberto Urban.