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Polêmica

Projeto da marginal direita divide opiniões dos sorocabanos

Intenção é ter uma avenida de quase 2 km com dois sentidos de circulação

15 de Fevereiro de 2025 às 21:00
Gabrielle Camargo Pustiglione [email protected]
Segundo a prefeitura, o projeto contempla uma área que abrange espaços sem caracterização de preservação e sem mata nativa
Segundo a prefeitura, o projeto contempla uma área que abrange espaços sem caracterização de preservação e sem mata nativa (Crédito: FÁBIO ROGÉRIO)



A obra da marginal direita do Rio Sorocaba, que vai ligar a Alameda Batatais, no Jardim Saira, à Rua Padre Madureira, no bairro Árvore Grande, na zona leste de Sorocaba, divide opiniões. A reportagem do jornal Cruzeiro do Sul ouviu moradores do bairro para saber a opinião sobre o projeto.

Segundo a Prefeitura de Sorocaba, são aproximadamente 1.800 metros de via e será composta por uma avenida com dois sentidos de circulação, separadas por um canteiro central, além de calçadas nos bordos do viário e uma ciclovia integrando com a malha de ciclovia existente na cidade.

Para o aposentado Valdemir José, morador do jardim Saira há 23 anos, a construção da marginal direita pode ser positiva e negativa. “É positiva porque vai desafogar as ruas de grande movimento como a Alameda Itanhaém, mas tem o ponto negativo que pode prejudicar a preservação ambiental sendo construída em uma área verde e próxima ao rio”, declarou Valdemir.

A aposentada Sonia Mebius defendeu que a cidade precisa ampliar suas áreas verdes, e não eliminá-las para dar lugar a obras viárias. “Precisamos de verde, de preservar as espécies animais e as plantas também”, comentou durante audiência realizada na última quarta-feira (12) na Câmara Municipal.

Já o motorista Elinivaldo Silva defende que a construção da marginal direita vai desafogar o trânsito, mas se preocupa com a questão ambiental que deve ser estudada por profissionais da área e dar uma solução para não prejudicar o meio ambiente.

“O projeto pode valorizar o bairro e dasafogar o trânsito, e isso é bom. Acredito que pessoas capacitadas estão estudando o projeto para não prejudicar totalmente a vegetação”, salientou a empresária Alessandra de Albuquerque Neto, moradora do Jardim Saira há 19 anos.

Questionada sobre a preservação ambiental, a Prefeitura de Sorocaba respondeu que o projeto da marginal direita contempla uma área que abrange espaços sem caracterização de preservação, com pontos de degradação e não havendo exclusivamente mata nativa. O empreendimento está sendo licenciado pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), o qual vem atendendo todos os estudos e adequações que promovam a liberação da obra.

A prefeitura afirma que a nova via pretende trazer aumento de segurança viária para motoristas, ciclistas e pedestres, além de reduzir o tráfego na marginal esquerda do Rio Sorocaba e de conectar, de maneira mais ágil, a Zona Norte à Zona Leste da cidade.

Início das obras ainda sem definição

O jornal questionou a Prefeitura de Sorocaba sobre as licenças e início das obras. O Executivo respondeu em nota que o prazo de execução está previsto em 18 meses e que as licenças para a construção estão em andamento.

A iniciativa das obras está por conta do Centro de Aceleração, Desenvolvimento e Inovação (Cadi), que informa que não há uma data certa prevista para o início. Os recursos serão via financiamento Banco Andino de Fomento (CAF), mediante contrato aprovado pela Câmara Municipal, e que abrange um conjunto de obras do Programa Sorocaba Tem Pressa. (Gabrielle Camargo Pustiglione)

 

 

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