Moradores do Jardim São Camilo, na zona norte de Sorocaba, estão incomodados pela falta de iluminação em um trecho do bairro. O local é um corredor, entre a Escola Municipal Professor Amin Cassar e as casas, localizado na rua Professor Alberto Rossi.

Com a ausência de luzes, durante a noite, o lugar fica totalmente escuro e aumenta a sensação de insegurança por parte das pessoas.

De acordo com o designer Lucas de Sousa, de 50 anos, o trecho está sem iluminação há três anos. Embora com baixa frequência, ele relata que já aconteceram furtos e roubos no local, além de ser um ponto de encontro para usuários de drogas. “Essa situação impacta a minha vida e a vida de outros moradores do bairro, por ser muito perigoso”, afirma.

A encarregada de limpeza Ivoneide Alves Vitalino, de 57 anos, se mudou para o Jardim São Camilo há cerca de um ano. Todos os dias, quando vai embora do trabalho por volta das 20h30, a moradora passa pelo trecho com a lanterna do celular ligada. Esse é o único jeito de enxergar, segundo ela.

“Tem os postes por dentro do muro da escola, mas as lâmpadas não são acesas. A diretora falou para o meu esposo que a fiação foi roubada”, conta Ivoneide. “Depois disso, colocaram guarda 24h, mas por que não colocaram a fiação novamente também? Facilitaria a passagem e até mesmo o patrulhamento”.

Além dos usuários de drogas e furtos, ela ainda se queixa do mato alto, que atrai escorpiões para a região. O corredor é passagem para muitos moradores, principalmente para aqueles que usam transporte público. Ainda que ela e demais residentes do bairro tenham se queixado para a Prefeitura e solicitado melhorias, a situação permanece a mesma.

O que diz a prefeitura?

Ao ser questionada pelo Cruzeiro do Sul, a Prefeitura informou sobre a medida de proteção. Além da Guarda Civil Municipal (GCM), a Polícia Militar também mantém policiamento no local. Conforme a Administração Municipal, somente em 2025, a força de segurança municipal realizou 62 patrulhamentos e quatro atendimentos na região, sendo nenhum de furto ou roubo. Já no ano passado, foram 34 atendimentos e um furto registrado pela equipe.

Sobre a ausência de iluminação, o governo municipal garantiu que será enviada equipe técnica ao endereço mencionado para tomar as providências e futura implantação, junto a CPFL Piratininga. Além disso, ressaltou o trabalho feito pelo “HumanizAção” e pela “Operação Ferro-Velho”.

A Secretaria da Educação (Sedu) informa que a ausência de iluminação não interfere nas atividades da Escola Municipal Professor Amin Cassar, uma vez que a unidade não possui Educação de Jovens e Adultos (EJA). Desta forma, a última turma é liberada por volta das 17h, antes de escurecer. A pasta municipal ainda acrescenta que a instituição mantém um posto de vigia 24h. (Da Redação)