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Centro comercial

Comerciantes e camelôs disputam espaço nas principais ruas do Centro de Sorocaba

Lojistas dizem que ambulantes montam as barracas em frente das lojas, bloqueando os acessos aos comércios

10 de Fevereiro de 2025 às 21:30
Gabrielle Camargo Pustiglione [email protected]
Barracas têm de tudo: vestuário, calçados, brinquedos, alimentos, eletrônicos, material escolar, entre outros
Barracas têm de tudo: vestuário, calçados, brinquedos, alimentos, eletrônicos, material escolar, entre outros (Crédito: FÁBIO ROGÉRIO )


Quem caminha pelo centro de Sorocaba encontra dificuldades para andar e até mesmo para apreciar as vitrines dos comércios tradicionais. As principais ruas como Barão do Rio Branco, Braguinha, Penha, Cel. Benedito Pires — e as próximas aos terminais de ônibus — poderiam ser um local para comércio tradicional e apreciação da história da cidade, com prédios antigos.

Mas não é bem assim. É preciso driblar para o caminhar para não tropeçar em caixotes de papelão, caixas de plástico, armações de madeira, suportes de metal, bancas e outros improvisos montados para a exposição de produtos dos ambulantes. Quem passa pelo Centro vê de tudo. Vestuário, calçados, brinquedos, alimentos, eletrônicos e itens para casa estão entre os produtos comercializados pelos ambulantes. É uma confusão.

A situação

Os comerciantes e consumidores ouvidos pela reportagem preferem não se identificar. “Muitos desses trabalhadores montam suas barracas em frente às lojas, bloqueando os acessos e prejudicando o comércio local. Grande parte comercializa produtos similares aos das empresas que estão lá regularizadas, pagando impostos, aluguéis, gerando receitas e empregos. A presença dos ambulantes no comércio central da forma em que está gera uma série de problemas à sociedade. A ausência de políticas públicas para regulamentar e fiscalizar esse tipo de trabalho faz com que cresça essa atividade de forma desenfreada, gerando uma desorganização urbana com a ocupação de espaços públicos”, falou um comerciante.

Andando pela rua da Penha, um consumidor comentou sobre o grande número de ambulantes na área central: “Para nós consumidores existem vários riscos, pois muitos dos produtos comercializados são falsificados e sem qualquer garantia, podendo prejudicar a segurança e a saúde mas os preços são tentadores”.

“O trabalho ambulante, a barraquinha na rua são formas legítimas de trabalho. Porém, precisam ser criados projetos de lei que visam regulamentar esse tipo de trabalho de forma ordenada, em lugares apropriados e com maior fiscalização para garantir o cumprimento de normas sanitárias e de segurança”, salientou outro comerciante.

“Além do visual que fica feio, a presença de barracas, produtos no chão que atrapalham para caminhar o risco de acidentes é grande. Os ambulantes ocupam parte das ruas. Eles trazem sensação de um lugar perigoso devido a estética de cada banca ou até por ser o tipo de pessoas que trabalham nesse comércio informal”, argumentou o comerciante.

“Sem contar que a fiscalização não é feita como deveria”, disse outro comerciante.

“Os lojistas locais têm expressado preocupações sobre a crescente presença de ambulantes na região central, a ponto de brigar pelos espaços, colocando seus produtos para fora das lojas para chamar a atenção”, contou um consumidor acostumado a frequentar o local. (Gabrielle Camargo Pustiglione)

 

 

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