O advogado que sofreu um atentado no fim de semana em Sorocaba publicou um vídeo, pela primeira vez após o caso, nesta terça-feira (4), nas redes sociais. Com um tampão em um dos olhos, ele tranquilizou os amigos e seguidores.

Mauro Ribas atua na defesa dos três policiais militares suspeitos de envolvimento no assassinato de Vinícius Gritzbach, delator do Primeiro Comando da Capital (PCC), assassinado no Aeroporto de Guarulhos, em novembro do ano passado. No sábado (1º), o carro em que o advogado estava foi alvo de disparos, na cidade de Sorocaba. 

Em um vídeo publicado no Instagram, o profissional disse que está tudo bem e, aos poucos, retomando o trabalho no escritório de advocacia. "Você sai enxergando, no outro dia começa a piorar e você não está enxergando mais nada, você já não sabe o que é, não sabe como vai trabalhar depois, não sabe como vai ficar, mas vai ficar tudo bem. Já está tudo bem, estamos retomando o escritório aos poucos, juntando os pedacinhos", disse. 

O advogado também agradeceu a preocupação de todos e o trabalho das forças de segurança de Sorocaba. 

O advogado Mauro Ribas dirigia o carro quando o veículo foi atingido por disparos de arma de fogo no bairro Quintais do Imperador, na noite de sábado (1º). Ele foi encontrado por policiais militares desacordado dentro do veículo e com ferimentos de estilhaços de vidro no rosto.

Ribas recebeu os primeiros socorros e, em seguida, foi levado para um hospital particular. O veículo que ele dirigia passou por perícia; foram apreendidos dois estojos de munição de arma de fogo e um projétil.

O que diz a OAB

Em nota, a subseção de Sorocaba da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) informou que "acompanhará de perto todas as investigações para que os responsáveis sejam identificados e devidamente responsabilizados, cobrando das autoridades competentes a máxima urgência e rigor na apuração deste crime, além de prestar total assistência ao advogado, bem como atuará junto às autoridades competentes para assegurar proteção aos profissionais que estejam em situação de risco". 

A OAB São Paulo também se manifestou. A entidade cobra providências das autoridades. Leonardo Sica, O presidente da OAB SP, entrou em contato com o delegado-geral da Polícia Civil do Estado de São Paulo para pedir celeridade nas apurações e "que as devidas providências sejam tomadas contra os criminosos". O delegado teria informado que, desde o momento do crime, o caso está sendo tratado como prioridade da polícia. Uma equipe especial já teria sido destacada para a investigação e todas as informações serão compartilhadas com a OAB SP.