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Saúde

Ministério alerta para alta de casos de febre amarela em quatro estados

São Paulo concentra a maior parte dos casos da doença; período que vai de dezembro a maio exige mais atenção

03 de Fevereiro de 2025 às 21:00
Cruzeiro do Sul [email protected]
Em 2024, foram distribuídas 20.882.790 doses, e em 2025 já foram enviadas 3.201.800 doses
Em 2024, foram distribuídas 20.882.790 doses, e em 2025 já foram enviadas 3.201.800 doses (Crédito: DIVULGAÇÃO/AGÊNCIA BRASIL)

O Ministério da Saúde emitiu um alerta sobre o crescimento da transmissão de febre amarela nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Roraima e Tocantins. A nota técnica enviada às secretarias de saúde aponta que o período sazonal da doença, que vai de dezembro a maio, exige maior vigilância e intensificação das campanhas de imunização nas áreas de risco.

São Paulo concentra a maior parte dos casos registrados nas primeiras semanas de 2025. Para conter a propagação, o ministério decidiu enviar dois milhões de doses da vacina ao estado até o início de fevereiro, sendo 800 mil doses extras. No mês de janeiro, foi entregue um milhão de doses, totalizando um envio expressivo para garantir a cobertura vacinal.

A decisão foi tomada após reunião do Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública para Dengue e outras Arboviroses (COE Dengue) no dia 29 de janeiro, com a participação da Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo. “O envio das novas doses garante o abastecimento necessário para o combate à febre amarela no estado”, destacou o Ministério da Saúde.

A pasta também tem colaborado com a Secretaria Estadual de Saúde na investigação de casos suspeitos e confirmados, especialmente no município de Ribeirão Preto. Uma reunião entre técnicos do ministério e profissionais de saúde de Ribeirão Preto e cidades vizinhas está prevista para esta semana, em Campinas.

O ministério informou que o estoque de vacinas contra a febre amarela no Brasil está regular, com distribuição feita conforme a demanda dos estados. Em 2024, foram distribuídas 20.882.790 doses, e em 2025 já foram enviadas 3.201.800 doses.

Orientações para viajantes

Para quem pretende viajar para áreas com circulação do vírus, ou para regiões rurais e de mata, o Ministério da Saúde reforça a importância de verificar a carteira de vacinação. Quem não tiver tomado a vacina ou recebido a dose fracionada em 2018 deve procurar uma unidade de saúde pelo menos 10 dias antes da viagem para se imunizar.

As mesmas recomendações, de acordo com o governo, se aplicam para os seguintes grupos: residentes em áreas com evidência de circulação viral ou em zona rural; populações ribeirinhas e nas proximidades de parques e unidades de conservação; trabalhadores rurais e do meio ambiente; indivíduos com exposição esporádica em áreas de risco.

Vacinação

A vacina contra a febre amarela é a principal ferramenta de prevenção. Ela faz parte do calendário básico de vacinação para crianças de nove meses a menores de cinco anos, com uma dose de reforço aos quatro anos. Para pessoas de cinco a 59 anos que ainda não foram imunizadas, é prevista uma dose única.

Orientações básicas

- Dose de reforço para viajantes: Pessoas que receberam a dose fracionada em 2018 e viajarão para áreas com circulação comprovada do vírus devem tomar uma dose adicional na apresentação padrão.

- Dose zero: Aplicada entre seis e oito meses de vida, esta dose é recomendada para crianças que residem ou viajarão para áreas com circulação confirmada do vírus.

- Vacinação de idosos: Pessoas com 60 anos ou mais devem passar por uma avaliação médica individualizada antes de receberem a vacina, levando em consideração o risco de exposição e suas condições de saúde.

Cuidados

Além da vacinação, o ministério destaca a importância das medidas de proteção individual, como o uso de roupas de manga longa, calças, sapatos fechados e a aplicação de repelente nas áreas expostas do corpo. Como os mosquitos transmissores da febre amarela são mais ativos durante o dia, essas precauções devem ser mantidas o dia todo. Em caso de sintomas como febre, dor de cabeça, dores no corpo, náuseas ou vômitos, a orientação é procurar atendimento médico imediato e informar sobre qualquer possível exposição a áreas de risco. (Da Redação, com informações da Agência Brasil)