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Sorocaba registra 65 novos casos de dengue nos 3 primeiros dias de fevereiro

Com mais essas informações, o número de infectados pela doença na cidade subiu para 404; não há mais mortes confirmadas ou em investigação

03 de Fevereiro de 2025 às 14:29
Da Redação com Agência Brail [email protected]
 Sorocaba terminou janeiro com 339 casos de dengue e uma morte pela doença; no Brasil, foram 170.376 casos prováveis e 38 óbitos
Sorocaba terminou janeiro com 339 casos de dengue e uma morte pela doença; no Brasil, foram 170.376 casos prováveis e 38 óbitos (Crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Nos três primeiros dias de janeiro, Sorocaba registrou 65 novos casos de dengue. Com mais essas informações, o número de infectados pela doença na cidade subiu para 404. Os dados foram divulgados pela Secretaria da Saúde (SES) nesta segunda-feira (3).

Segundo o boletim, do total de casos, 349 são autóctones (contraídos na própria cidade), 53 importados e dois indeterminados. Ainda conforme o comunicado, o município continua com uma morte confirmada e nenhuma em investigação.

Em janeiro, o Brasil contabilizou 170.376 casos prováveis de dengue, além de 38 óbitos e outros 201 em investigação. Sorocaba terminou o primeiro mês de 2025 com 339 confirmações e uma morte.

Dados do Painel de Monitoramento de Arboviroses do Ministério da Saúde indicam que o coeficiente de incidência no País, neste momento, é 80,1 casos para cada 100 mil habitantes.

Os números mostram que 54% dos casos prováveis foram registrados entre mulheres e 46%, entre homens. Desse total, 51,3% foram identificados entre pessoas brancas, 32,4% entre pessoas pardas, 4,4% entre pessoas negras e 1,1% entre pessoas amarelas. Os grupos que respondem pelo maior número de casos são de 20 a 29 anos, de 30 a 39 anos e de 40 a 49 anos.

No ranking de Estados com maior número absoluto de casos prováveis, São Paulo aparece na frente, com 100.025, seguido por Minas Gerais (18.402), Paraná (9.424) e Goiás (8.683). Em relação ao coeficiente de incidência, o Acre lidera com 391,9 casos para cada 100 mil habitantes. Em seguida, estão São Paulo (217,6), Mato Grosso (193,9) e Goiás (118,1).

Sudeste

Dados do ministério divulgados na semana passada mostram que, quando consideradas as quatro primeiras semanas de 2025, o cenário de dengue na região Norte segue no mesmo patamar de 2024, com números que a pasta classifica como “não muito exuberantes”.

O Nordeste mantém a mesma linha, com uma pequena redução no total de casos. O Centro-Oeste e o Sul registraram o que o ministério se refere como “redução substancial”, sobretudo em decorrência da queda de casos no Distrito Federal, em Goiás, no Paraná e em Santa Catarina.

“Nossa preocupação é o Sudeste. Quando olhamos os números, semana a semana, temos a impressão de que a situação está tranquila. Mas, quando mergulhamos o olhar sobre o estado de São Paulo, estamos observando, semana após semana, o dobro do número de casos de dengue quando comparamos com 2024”, destacou o secretário-adjunto de Vigilância em Saúde e Ambiente, Rivaldo Venâncio.
“Chamo também a atenção para o montante de óbitos – tanto os óbitos já confirmados enquanto tal como os óbitos em investigação. Se considerarmos a possibilidade de dois terços desses 135 óbitos em investigação [no Estado de São Paulo] sendo confirmados, estaremos em um patamar de mais ou menos 800 a 900 casos para cada óbito, o que é muito elevado.”

Segundo Rivaldo, o Estado de São Paulo saiu de um patamar de quase 50 mil casos nas quatro primeiras semanas de 2024 para praticamente 100 mil casos nas quatro primeiras semanas de 2025. “Ou seja, o dobro de casos. Bem diferente de Minas Gerais, onde há uma redução de aproximadamente 85% em números absolutos – de 123 mil para 16 mil casos, quando comparados 2024 com 2025”.

Dengue tipo 3

Para o secretário, o aumento na circulação do sorotipo 3 da dengue no Brasil figura como um dos principais causadores da elevação verificada pela pasta no número de casos da doença no Sudeste. “Em especial no estado de São Paulo e um pouco no Paraná também”, destacou.

“Desde julho do ano passado, mês a mês, está crescendo a detecção do sorotipo 3 Brasil afora. Então, em algumas localidades que ainda não registraram dengue 3, muito provavelmente, é questão de tempo, infelizmente”, concluiu Rivaldo.