O prefeito Rodrigo Manga (Republicanos) comentou, em entrevista ao Cruzeiro do Sul na manhã desta quarta-feira, a criação de um aplicativo de transporte municipal, próprio da Prefeitura.

A previsão é que, em 60 dias, a ferramenta já esteja disponível para o cadastro de motoristas e, posteriormente, para o atendimento da população.

De acordo com o Executivo, o objetivo é diminuir o valor da taxa que os prestadores do serviço repassam para a empresa. “Hoje, um motorista de aplicativo chega a pagar 50% da sua viagem para a rede. Desta forma, só restam 50% para ele manter a manutenção do carro e levar sustento a sua família. Isso, às vezes, acaba sendo inviável”, explica.

Neste cenário, a ideia para o novo aplicativo é que as taxas de administração sejam apenas de 10%, enquanto o restante fique para o motorista.

Além disso, com a implantação da ferramenta, Manga ainda garante viagens mais baratas e acessíveis, mesmo em horários de pico.

A segurança, por sua vez, será monitorada também por um aplicativo. Assim, tanto o motorista, quanto o passageiro, poderão acionar a Guarda Civil Municipal (GCM).

Há mais de meio milhão de veículos circulando pela cidade. Segundo dados da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran), no fim de 2023 o número de veículos nas ruas da cidade era de 536 mil.

Em julho de 2024, eram 547 mil. Agora com informações do Detran-SP, até três meses atrás, a cidade chegou ao número de 551.800, com 339.453 automóveis e 102.189 motocicletas emplacados, além de caminhões e ônibus. A idade média da frota é de 16,9 anos.

Parte da atual estrutura do sistema de transporte público para o sorocabano se movimentar é formada por 2 corredores exclusivos (Itavuvu e Ipanema) na zona norte, 7 corredores estruturais (leste, oeste, centro, sul, Américo Figueiredo, Hermelino Matarazzo, General Osório, Comendador Oeterer), 23 estações, 3 terminais próprios (Vitória Régia, São Bento e Ipiranga) e mais de 128 pontos de parada.

Novas secretarias

Rodrigo Manga também comentou sobre a decisão da Justiça, publicada em 13 de janeiro, de suspender a criação de cinco novas secretarias e 75 cargos comissionados. O projeto tinha sido aprovado pelo Legislativo, com 17 votos favoráveis e oito contrários, na primeira Sessão Extraordinária de 2025, no dia 3 de janeiro. Contudo, foi interrompido após a determinação do desembargador José Orestes de Souza Nery.

Conforme o Executivo, na próxima terça-feira (28), terá uma reunião, junto ao procurador da Prefeitura, com o magistrado para esclarecer e prosseguir com o projeto de lei. “A nossa expectativa é que tudo seja resolvido para continuar esse trabalho importante, bem como acelerar demandas específicas e exclusivas sob medida para a população”, relata.

A ação, contrária à proposta do Executivo, foi movida pelo vereador Raul Marcelo (Psol). Segundo ele, no dia 1º, quando a sessão foi agendada, a proposta estava incompleta no site do Legislativo. Entre as informações ausentes, faltavam os anexos com detalhes dos cargos, quantidades, salários, carga horária e outras informações.

Já no dia 2, ainda conforme o parlamentar, os documentos continuavam indisponíveis. Com isso, os vereadores tiveram menos de 24 horas antes da discussão para analisar a matéria. Para ele, isso viola o Regimento Interno da Casa, o qual determina que os projetos devem ser publicados para apreciação com 48 horas de antecedência.

Desta forma, o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) acatou os argumentos e invalidou a votação. Contudo, Manga afirma que, segundo a sua equipe jurídica, o projeto respeitava todas as diretrizes, uma vez que foi apresentado no plenário pelo presidente da Câmara Municipal, o pastor Luis Santos (Republicanos). (Da Redação)