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RMS está no mapa interativo dos achados arqueológicos
A Universidade de São Paulo (USP) desenvolveu um mapa interativo dos achados arqueológicos do Estado de São Paulo, e, entre esses locais, estão algumas cidades da Região Metropolitana de Sorocaba (RMS). Municípios como Itapetininga, Sarapuí e Votorantim têm seus achados arqueológicos marcados no projeto, e alguns deles podem ser vistos no Museu Histórico Sorocabano, localizado no casarão do Parque Zoológico Municipal “Quinzinho de Barros”. O gráfico ajuda a ter uma versão visual das diferentes manifestações culturais indígenas presentes em todo o território paulista.
Lançado pelo Laboratório Interdisciplinar de Pesquisas em Evolução, Cultura e Meio Ambiente (Levoc), o mapa é um dos resultados obtidos pelo projeto temático “A ocupação humana do Sudeste da América do Sul ao longo do Holoceno: uma abordagem interdisciplinar, multiescalar e diacrônica”, financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). O projeto visual se baseia nas informações coletadas e cadastradas a partir de teses, artigos e relatórios diversos. Também conta com materiais coletados no Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e na biblioteca do Museu de Arqueologia e Etnologia (MAE), dos chamados sítios arqueológicos, locais onde os objetos são encontrados.
Os dados foram armazenados em um banco que, posteriormente, utilizou a tecnologia de coordenadas, semelhante à presente nos aparelhos de GPS, para marcar e facilitar a visualização das localizações dos sítios. O mapa também dispõe de marcações interativas com as informações coletadas, como nome, município, datação e o tipo de material encontrado. A partir deste mapa, arqueólogos já têm questionamentos sobre a convivência dos povos indígenas Aratu e Tupi-Guarani, pois alguns achados podem sugerir contato e ausência de conflitos entre as duas tradições.
Na região
Alguns pontos da Região Metropolitana de Sorocaba (RMS) aparecem no mapa com seus achados. Atualmente, são registrados 45 sítios arqueológicos na RMS dentro do Sistema Integrado de Conhecimento e Gestão (SICG), ferramenta do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) para a gestão e proteção do patrimônio cultural brasileiro. Porém, outros sítios ainda não cadastrados no sistema são expostos no projeto da USP, como os sítios de Sorocaba e Sarapuí.
Muitos dos objetos coletados não estão em locais abertos para visitação. Entretanto, alguns dos achados que ajudam a contar a história indígena da região podem ser visitados no Museu Histórico Sorocabano. O museu tem uma sala dedicada a alguns dos artefatos históricos que podem ser vistos no mapa, como pontas de flechas e urnas funerárias de milhares de anos. Além disso, os achados disponíveis não são apenas da cidade, mas também englobam peças de Iperó que ficam sob posse do museu. Segundo a museóloga Daniella Gomes Moreira, responsável pelo museu, em algumas temporadas, os objetos são trocados e “representam uma parte importante da história da região de Sorocaba”.
Estão no mapa
As cidades da Região Metropolitana de Sorocaba que estão no mapa são: Sorocaba, Votorantim, Araçoiaba da Serra, Sarapuí, Itapetininga, Tatuí, Tietê, Salto, Porto Feliz, Cerquilho e Capela do Alto. (Ana Sentelhas - programa de estágio)