Atendimento normalizado
Prefeitura faz acordo e funcionários da UPA Central de Votorantim suspendem paralisação
Segundo o Sinsaúde, o Executivo se comprometeu a pagar os valores devidos mediante acordo judicial

Os funcionários da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Central de Votorantim suspenderam a paralisação ainda na noite de segunda-feira (13). Segundo o Sindicato da Saúde de Sorocaba e Região (Sinsaúde), os cerca de 140 trabalhadores continuam com os salários atrasados. Mesmo assim, decidiram interromper o ato após a prefeitura se comprometer a pagar os valores devidos, mediante acordo judicial.
A manifestação começou por volta das 18h e terminou em torno das 22h desta segunda-feira (13). Conforme o vice-presidente do Sinsaúde, Pablo Pistila, 30% da equipe continuou trabalhando nesse período, como determina a legislação em caso de greve em serviços essenciais.
Durante à noite, conforme Pistila, o prefeito Weber Manga (Republicanos) foi à UPA e negociou com a categoria. Ele disse que o sindicato propôs a quitação dos salários por meio de acordo na Justiça, e o chefe do Executivo de Votorantim aceitou. Ainda segundo o vice-presidente, o prefeito também se comprometeu fazer um chamamento emergencial para trocar a Organização Social (OS) que administra a unidade. Nesse caso, o sindicato pediu uma garantia da contratação dos atuais funcionários.
Segundo Pistila, esse acordo deve ser homogolado por advogados da prefeitura e do Sinsaúde, junto com uma comissão de trabalhadores, no Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) às 12h desta terça-feira (14). Ele informa não haver prazo exato para o depósito dos pagamentos, pois depende de quanto tempo a Justiça levará para analisar o acerto. “Mas, pela experiência que já temos, isso é rapido. É mais ou menos a mesma situação que aconteceu com os trabalhadores da UPA do Éden, em Sorocaba. Acreditamos que, em torno de 15 a 30 dias, esses trabalhadores já estejam recebendo o atrasado”, prevê.
Atrasos
Os profissionais deveriam ter recebido no dia 6 de janeiro, mas o salário não caiu até agora. De acordo com Pistila, o atraso se deve à demora da municipalidade em pagar a OS Avante Social, responsável pela gestão da Unidade de Pronto Atendimento. “A prefeitura alega que não repassou por falta de comprovação, pela empresa, de toda a documentação que é pedida, com a prestação de contas”, informa.
Outro problema é o não recolhimento de Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). O integrante do sindicato afirma que, de algumas pessoas, o valor não é descontado desde quando a organização começou a atuar na UPA, em 2022. Em outros casos, os débitos em folha de pagamento foram interrompidos em junho de 2024.
O Cruzeiro do Sul questionou a Prefeitura de Votorantim e a Avante Social sobre a situação e aguarda os retornos. O espaço segue aberto para a manifestação.