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Operação policial

Operação contra esquema criminoso ligado ao PCC cumpre mandados em Sorocaba

Ação avança contra quatro setores do crime organizado

14 de Janeiro de 2025 às 10:42
Da Redação [email protected]
A Polícia Civil, em parceria com o Ministério Público, deflagrou na manhã desta segunda-feira (14) a operação
A Polícia Civil, em parceria com o Ministério Público, deflagrou na manhã desta segunda-feira (14) a operação "Scream Fake" (Crédito: Polícia Civil)

A Polícia Civil, em parceria com o Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) por intermédio do Grupo de Atuação de Combate ao Crime Organizado de Presidente Prudente, deflagrou na manhã desta segunda-feira (14) a operação “Scream Fake” (falso grito, em tradução livre). A ação teve como objetivo cumprir 12 mandados de prisão preventiva, 14 de busca domiciliar e suspender as atividades de uma ONG investigada por ligação com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).

A operação foi realizada em nove cidades, incluindo São Paulo, Sorocaba-SP, Presidente Prudente-SP, Flórida Paulista-SP, Irapuru-SP, Presidente Venceslau-SP, Ribeirão Preto-SP, Guarulhos-SP e Londrina-PR.

As investigações, conduzidas ao longo de três anos, começaram após a apreensão de mídias externas com uma visitante na Penitenciária II de Presidente Venceslau, interior de São Paulo. Segundo os órgãos envolvidos, os materiais apreendidos revelaram um esquema estruturado com divisões específicas na facção, incluindo setores de saúde, finanças, advocacia e um novo núcleo, chamado “Setor de Reivindicações”.

Esse último setor foi apontado como responsável por ações judiciais fraudulentas, manifestações públicas desvirtuadas e ataques contra o sistema de Justiça. A investigação identificou a atuação direta da ONG Pacto Social & Carcerário S.P., sediada em São Bernardo do Campo, que seria usada pela facção para justificar ataques a agentes públicos e disseminar denúncias infundadas.

Além de suspender as atividades da ONG e remover suas redes sociais, a operação resultou na prisão de três advogados e dos dirigentes da entidade. A Polícia Civil afirma que os advogados, ligados ao chamado “Setor dos Gravatas”, atuavam como gestores dos setores de saúde e finanças da organização criminosa, viabilizando atendimentos médicos exclusivos para integrantes de destaque na facção, pagos com recursos ilícitos.

Segundo as autoridades, a descoberta do “Setor de Reivindicações” revela uma nova estratégia da facção para manipular a opinião pública e desestabilizar o sistema judicial.