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Tradição

Arcebispo espera 10 mil fiéis na Romaria de Aparecidinha

Nessa edição, haverá duas novidades: uma delas é a pavimentação da avenida Três de Março

26 de Dezembro de 2024 às 21:55
Vinicius Camargo [email protected]
Dessa vez, a imagem será levada do Santuário de Aparecidinha para a Catedral
Dessa vez, a imagem será levada do Santuário de Aparecidinha para a Catedral (Crédito: FÁBIO ROGÉRIO (9/7/2023))

A 126ª Romaria de Aparecidinha, que acontece no dia 1º de janeiro de 2025, deve reunir cerca de dez mil fiéis. A estimativa é do arcebispo metropolitano de Sorocaba, dom Julio Endi Akamine. Essa edição tem duas novidades. Uma delas é que, com a conclusão da pavimentação da avenida Três de Março, os romeiros farão todo o trajeto de 16 quilômetros em vias asfaltadas pela primeira vez. A outra é a realização da peregrinação no contexto do Jubileu Ordinário do próximo ano, com o tema Peregrinos da Esperança.

Dessa vez, a imagem de Nossa Senhora Aparecida será levada do Santuário de Aparecidinha, no bairro homônimo, para a Catedral Metropolitana Nossa Senhora da Ponte, no Centro. A abertura do cortejo será às 5h, com um missa presidida por dom Julio nessa igreja. Em seguida, começa a procissão, com duração de quatro a cinco horas. Ela passará pela avenida Três de Março, avenida Engenheiro Carlos Reinaldo Mendes, rua Padre Madureira, avenida São Paulo, rua 15 de Novembro e rua São Bento.

No caminho, haverá uma parada na Paróquia Santo Antonio, na Vila Menacci, e na Santa Casa de Misericórdia, no Além Ponte. Banheiros químicos e tendas com água potável estarão à disposição dos devotos. Após a chegada na catedral, uma missa, às 10h30, também conduzida pelo arcebispo metropolitano, marca o encerramento da tradição católica. Em julho, a imagem da santa sai da Catedral Metropolitana e volta para o Santuário de Aparecidinha.

Jubileu Ordinário

Em 2025, a Romaria de Aparecidinha ocorre no âmbito do Jubileu Ordinário. Realizada a cada 25 anos, a celebração religiosa teve início no dia 24 de dezembro, quando o papa Francisco fez o rito de abertura da Porta Santa da Basílica de São Pedro, em Roma.

O Ano Jubilar é comemorado com uma missa — em Sorocaba, será no dia 29, às 15h, na catedral —, e uma peregrinação a pé — que acontecerá junto à romaria na cidade.

De acordo com dom Julio, a caminhada terá como foco a esperança, para estar alinhada à temática do Jubileu. “Somos peregrinos da esperança, pois o Ano Jubilar tem como tema central ‘A esperança não decepciona’. Nossa esperança é, de fato, Jesus Cristo”, diz.

Ônibus extras

A Urbes - Trânsito e Transportes, responsável por administrar o setor no município, disponibilizará ônibus extras para atender os fiéis. Eles estarão disponíveis a partir das 4h, partindo da plataforma 1 - ponto A do Terminal Santo Antônio. Além disso, a linha T48 - Expresso Aparecidinha terá mais saídas, como às 4h10 e às 4h30.

No decorrer do evento religioso, podem haver desvios de itinerário, devido à interdição temporária de acessos às vias usadas pela procissão. Fiscais da Urbes ficarão em pontos estratégicos para acompanhar o deslocamento dos fiéis, monitorar o fluxo de passageiros e intervir, se necessário, nos itinerários e horários dos ônibus.

 

Peregrinação da romaria existe desde 1804

Registros históricos dão conta de que a Romaria de Aparecidinha existe desde 1804, mas não de maneira frequente. No início, a população transportava a imagem de Nossa Senhora Aparecida em momentos difíceis, como epidemias, secas e enchentes. Em 1897, quando houve o primeiro surto de febre amarela em todo o Brasil, os devotos pediam à santa a erradicação da doença. Diante dos relatos de curas e milagres a ela atribuídos, o costume da peregrinação em situações complicadas tornou-se mais constante.

No final de 1899, uma nova epidemia de febre amarela assolou o País. Com a volta do problema, o monsenhor João Soares, então pároco da Matriz Nossa Senhora da Ponte (hoje catedral), fixou as datas do cortejo para 1º de janeiro e para o segundo domingo de julho. Passou a ser uma forma de pedir que a santa sempre trouxesse as bênçãos de Jesus para a cidade.

Com o tempo, a simbologia atribuída à caminhada em homenagem à padroeira do Brasil consolidou-se. “Demonstra, primeiramente, esse pedido de proteção, o sentido da devoção mariana”, informa dom Julio.