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Complexo Ferroviário deve ser transformado em polo comercial, cultural e gastronômico

Projeto é apresentado em audiência pública realizada na Câmara; intenção é revitalizar toda a área

06 de Dezembro de 2024 às 22:11
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Instalações ficam no Centro, entre as avenidas às margens do rio Sorocaba e as vilas Santa Rita, Santana e Santa Rosália
Instalações ficam no Centro, entre as avenidas às margens do rio Sorocaba e as vilas Santa Rita, Santana e Santa Rosália (Crédito: ARQUIVO / JCS)

O principal projeto apresentado na audiência pública para discutir a revitalização do Complexo Ferroviário de Sorocaba, por meio da economia criativa, foi o de transformá-lo em um polo comercial, artístico, cultural e gastronômico. O encontro, que teve as iniciativas dos vereadores Ítalo Moreira (União) e Iara Bernardi (PT), foi realizado, na noite de anteontem (5), na Câmara.

A intenção é revitalizar toda a estrutura — que soma cerca de 200 mil metros quadrados —, incluindo o prédio da Estação Ferroviária. As instalações ficam no Centro, entre as avenidas às margens do rio Sorocaba e as vilas Santa Rita, Santana e Santa Rosália. Elas pertencem ao Governo Federal, estando sob jurisprudência da Superintendência de Patrimônio da União (SPU) e sob concessão da empresa Rumo Logística.

A abertura do debate contou com a participação de representantes da prefeitura, associações profissionais, movimentos sociais e especialistas de diversas áreas, como engenharia, cultura, história e economia.

Em seguida, houve o momento para apresentação de ideias e propostas. Fizeram explanações Eduardo Pereira, regente, diretor artístico e maestro da Orquestra Sinfônica de Sorocaba (OSS); Samira Galli, jornalista e consultora de projetos na área de economia criativa; José Antônio de Freitas Pedroso, chefe de cozinha, empreendedor e consultor gastronômico; Rô Galvão, turismóloga e executiva de gestão do Museu de Arte Contemporânea de Sorocaba (Macs); e Diego Pucci, especialista em inovação corporativa.

Os integrantes da mesa principal também deram sugestões. São eles: os secretários de Cultura, Luiz Antônio Zamuner, e de Planejamento e Desenvolvimento Urbano, Maurício Campanati; o empresário José Abrão, ex-ministro do Desenvolvimento Agrário do governo Fernando Henrique Cardoso; o professor Adilson Cezar, presidente do Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Sorocaba (IHGGS); e o economista Luiz Alberto Machado.

Posteriormente, os urbanistas Rodrigo Luco e Guaen Lee expuseram uma proposta detalhada para requalificação da área de 240 mil metros quadrados do complexo ferroviário. Eles enfatizaram o potencial de transformar Sorocaba em um polo cultural, econômico e criativo. A proposta dos dois prevê a criação de espaços para galerias, ateliês, apresentações artísticas, formação de talentos, além de setores voltados para tecnologia, inovação e gastronomia.

O plano ainda abrange a melhoria da mobilidade urbana, com vias compartilhadas, transporte público eficiente, assim como a integração com a malha ferroviária e outros modais. Também inclui áreas verdes, equipamentos culturais, espaços esportivos e comerciais, bem como residências que atendam ao déficit habitacional da cidade.

A ideia vai ao encontro da intenção de Ítalo Moreira — um dos proponentes da audiência — de aproveitar a estrutura como um porto digital, no qual se observa a economia criativa como viabilizadora de empregos nas diversas áreas contempladas no planejamento dos urbanistas.

Ao final da audiência, Iara Bernardi defendeu a necessidade de resolver questões práticas em nível municipal. Ainda falou sobre a importância de buscar diálogo com o Governo Federal, especialmente em relação à devolução de patrimônios subtilizados pela atual concessionária administradora do sistema ferroviário, a Rumo. (Da Redação)