A agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) divulgou que, na semana de 18 a 24 de agosto de 2024, o preço médio do gás liquefeito de petróleo (GLP) no Brasil era de R$ 103,60. Esse valor, comparado ao início do ano, aumentou, em média R$ 10,00, segundo distribuidoras de gás na região. Consumidores optam por outras alternativas como, o uso de fogões elétricos.

Segundo o Governo do Estado de São Paulo, “a Síntese do Comportamento dos Preços dos Combustíveis é publicada semanalmente e abrange os preços de revenda e distribuição da gasolina comum, do etanol hidratado, do óleo diesel comum e do GLP P-13 (botijão de 13kg)”.

Além dos dados de preços de revenda e distribuição, “a análise baseia-se em dados de preços médios praticados por produtores e importadores e nos preços de paridade de importação nos portos brasileiros estimados pela agência independente S&P Global Platts e divulgados pela ANP”, concluiu o Governo do Estado.

Manoel Ferreira, distribuidor de gás em Sorocaba, expressa sua preocupação com o aumento contínuo do preço do botijão de gás, que afeta tanto o seu negócio quanto o orçamento dos consumidores. Segundo Manoel, o valor do botijão tem subido de forma significativa nos últimos meses, comprometendo a margem de lucro dos distribuidores e, em última instância, pesando no bolso das famílias.

Aumento em Sorocaba

“O gás teve aumento em julho pela Petrobras. Vai aumentar por conta do dissídio salarial das empresas distribuidoras. Encarecendo o gás em até 8%. O aumento chegará nos depósitos e distribuidoras a partir de segunda-feira”, comentou Manoel.

O jornal Cruzeiro do Sul realizou uma pesquisa de preços de botijões de gás na cidade de Sorocaba. A média desses preços está em torno de R$ 105,00 a R$ 120,00, fora a taxa cobrada pela entrega dos motoboys.

Ferreira ainda conta que o gás aumenta de preço anualmente, especificamente no mês de setembro, e raramente o preço pode baixar. “Redução de preço é rara, só a Petrobras tem o controle de alterar a tabela de custo. Esse de setembro, será o quarto aumento no ano. Tivemos em janeiro, junho, julho e agora, em setembro”, reflete.

Outros estabelecimentos de distribuição informaram que o preço, até segunda-feira, sofrerá um aumento de R$ 5 a R$ 7, podendo alterar e ir para R$ 110 ou R$ 112. Já outros, constataram que o aumento ainda não foi decidido. “Vamos estudar os preços na região a partir de segunda-feira, e aí sim, mexemos no custo dele”, informou Paulo Almeida, dono de uma distribuidora da região.

Alternativas para economizar

Com os preços altos, muitos consumidores têm adotado medidas alternativas para economizar, como o uso de fogões elétricos ou a redução no uso do gás, o que afeta diretamente a demanda e o faturamento dos distribuidores.

“O preço subiu muito, já não uso muito o fogão de casa, né? Comprei um forno elétrico e uma AirFryer, aquelas que esquentam com o ar. Assim eu economizo bastante e faz menos sujeira”, brincou o estudante Pablo Fernandes. (João Frizo - programa de estágio)