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Cemitério da Saudade volta a ser alvo de furtos e vandalismo

26 de Agosto de 2024 às 22:00
Gabrielle Camargo Pustiglione [email protected]
Depredação de jazigos, incluindo a quebra de vidros e objetos, e a retirada de peças de bronze são reclamações recorrentes entre parentes de pessoas sepultadas
Depredação de jazigos, incluindo a quebra de vidros e objetos, e a retirada de peças de bronze são reclamações recorrentes entre parentes de pessoas sepultadas (Crédito: FÁBIO ROGÉRIO (26/8/2024))

 


Falta de manutenção, atos de vandalismo e furtos no Cemitério da Saudade, na Vila Carvalho — próximo ao centro de Sorocaba —, têm gerado reclamação de prestadores de serviços do local e de munícipes que visitam as sepulturas de familiares. Além de pisos e vidros quebrados, eles denunciam também a invasão do mato, inclusive nas passagens e acessos aos jazigos. No entanto, as reclamações mais comuns são com relação às frequentes depredações e furtos de peças de bronze.

A reportagem do Cruzeiro do Sul esteve ontem (22) no cemitério e confirmou a situação. Diversos túmulos estavam quebrados e violados. O piso desnivelado e com rachaduras também incomoda os visitantes.

“Não tem segurança à noite; as vias e vielas estão muito mal conservadas; e a há roubos frequentes de objetos dos jazigos”, lamentou Salvador Stefanelli, acrescentando que “familiares e conhecidos que vêm de outras cidades para sepultamentos ou para visitas aos túmulos, se não conhecem o restante da cidade, levam a pior impressão daqui”. Para ele, “cemitério tem que ter dignidade e respeito às pessoas lá sepultadas e aos seus familiares”.

Para José Francisco Solano, prestador de serviços no cemitério, os principais problemas são a ação de vândalos e os furtos de peças de bronze. “As peças de bronze chamam muito a atenção. No ano passado, muitas foram furtadas. O meu conselho é que sejam substituídas por peças de ferro”, opinou.

Em junho deste ano, o Cruzeiro do Sul noticiou a que uma investigação policial estava em andamento para localizar os criminosos que haviam furtado placas, peças de bronze e até o crucifixo que ornamentavam a sepultura do ex-prefeito José Theodoro Mendes e outros objetos de jazigos da família dele.

Responsabilidade da família

 

Em resposta a questionamento do jornal, a Prefeitura de Sorocaba informou que “a manutenção e a limpeza das sepulturas perpétuas, de acordo com a Lei Municipal nº 5.271/1996, devem ser realizadas pelos titulares ou herdeiros”. Em nota, a administração municipal destacou que, “para lembrar a todos dessa importante ação, a Secretaria de Serviços Públicos e Obras (Serpo), efetua, frequentemente, chamamentos para tanto. Porém, ainda são poucos os que atendem a essas convocações”.

Conforme a Serpo, “dessa forma, além dos cuidados necessários para a conservação, caso a sepultura não se ache em condições, não poderá receber sepultamento, quando for necessário, gerando transtornos em um momento tão difícil e delicado para a família”. A pasta ressaltou que “realiza continuamente o levantamento dos jazigos em situação de abandono para notificação das famílias e, conforme a lei, o titular pode perder a concessão de uso e a sepultura voltar ao patrimônio público, justamente por falta da manutenção necessária”.

Sobre a limpeza e manutenção do cemitério, a nota enviada ao jornal pela Prefeitura explicou que “os serviços de manutenção das áreas comuns dos cemitérios públicos são realizados diariamente por equipes de empresas terceirizadas, que atuam de forma fixa nos locais, incluindo roçagem, retirada de entulho, limpeza, reparos em geral, entre outros”.

Já a Secretaria de Segurança Urbana (Sesu), por meio Guarda Civil Municipal (GCM), disse que tem “intensificado as rondas, dentro e fora dos cemitérios municipais, assim como nos demais próprios públicos”. Segundo a Sesu, a população pode denunciar problemas de segurança nos cemitérios pelo telefone 153, da GCM, esclarecendo que “todos os registros realizados pela Seção de Administração de Cemitérios são imediatamente comunicados à Polícia Civil, para que sejam investigados e todas as providências penais cabíveis adotadas”. (Gabrielle Camargo Pustiglione)

 

 

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