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Alerta da OMS

São Paulo reforça cuidados contra a Mpox

Governo elabora notas informativas para a população e orienta sistema de saúde em todos os municípios

16 de Agosto de 2024 às 22:55
Cruzeiro do Sul [email protected]
Evitar contato com pessoas contaminadas é um forma de prevenir a doença, outra é por meio da vacinação
Evitar contato com pessoas contaminadas é um forma de prevenir a doença, outra é por meio da vacinação (Crédito: DIVULGAÇÃO / GOVERNO DE SÃO PAULO)

A Secretaria da Saúde de São Paulo (SES) informou ontem (16) que está atenta ao cenário epidemiológico da Mpox e segue monitorando os casos em todo o Estado. Entre as medidas adotadas está a elaboração de notas informativas sobre a doença para a orientação da sociedade. Segundo a instituição, os serviços de saúde que atuam nos municípios já receberam as recomendações técnicas para a vigilância e acompanhamento da doença — também conhecia como varíola dos macacos —, para que, de forma preventiva, possam auxiliar a população. Além disso, ainda conforme a SES, o Plano de Contingência que foi montado durante a alta de casos registrada em 2022 está pronto para ser reimplantado. A ação é uma resposta à emergência em saúde mundial decretada nesta semana pela Organização Mundial da Saúde (OMS). (Veja mais informações sobre vacinação contra Mpox na página 9)

A SES esclareceu que o surto epidêmico registrado atualmente em cerca de 15 países do continente africano é diferente daquele de dois anos atrás. “A uma versão atual do vírus que está se espalhando não é a mesma do surto mundial ocorrido em 2022”, informou a secretaria.

“A Mpox se tornou uma nova emergência de saúde pública global devido à cepa 1b, que pode ter potencial transmissor ainda maior. Mesmo não havendo motivos para alardes em São Paulo, é fundamental a vigilância e monitoramento, além de seguirmos as recomendações para que a doença não se propague. Como referência para o atendimento de casos da doença, o governo estadual conta com o Hospital Emílio Ribas”, explica Regiane de Paula, coordenadora de saúde da Coordenadoria de Controle de Doenças (CCD) da SES.

315 casos

O Estado, de janeiro a julho deste ano, confirmou 315 casos da doença. O número é bastante inferior aos 4.129 casos confirmados em 2022, quando a doença atingiu o pico em São Paulo. Em 2023, no mesmo período, foram confirmados 88 casos.

A doença é transmitida pelo vírus monkeypox por meio de pessoas, animais ou objetos contaminados, e tem como principal sintoma erupções cutâneas e lesões na pele. O diagnóstico é feito de forma laboratorial, por meio da secreção das lesões ou das crostas, quando o ferimento já se encontra seco.

Sintomas

A doença apresenta sintomas como adenomegalia (linfonodos inchados, ou “ínguas”), febre, dores no corpo, dor de cabeça, calafrio e fraqueza. O tempo de intervalo entre o contato com o vírus e o início da manifestação da doença é entre 3 a 16 dias.

A partir do desaparecimento das erupções na pele, a pessoa infectada deixa de transmitir o vírus. As lesões podem ser planas ou com relevo, com a presença de líquido claro ou amarelado, e tendem a surgir em qualquer parte do corpo, sobretudo no rosto, pés e na palma das mãos.
Em caso de sinais da doença, é fundamental que o paciente procure um serviço médico para análise do quadro e possível diagnóstico, para que o tratamento seja iniciado o quanto antes.

Prevenção

Como principal forma de prevenção, é aconselhado evitar o contato com pessoas infectadas ou com suspeita da doença. Além disso, é importante atentar para o compartilhamento de objetos pessoais, como toalhas, lençóis e escovas de dentes, lavar as mãos regularmente e higienizar adequadamente os itens de uso diário.

Tratamento

A doença tende a ser leve e, geralmente, os pacientes se recuperam sem tratamento específico, apenas com repouso, hidratação oral e medicação para aliviar os sintomas, como a dor e febre, e assim evitar sequelas.

Vacinação

Uma das medidas de prevenção se dá por meio da vacinação, que prioriza os grupos abaixo, com maior risco de evolução para as formas graves da doença:

- Pessoas com HIV/aids (PVHA): homens cisgêneros, travestis e mulheres transexuais; com idade igual ou superior a 18 anos; e com status imunológico identificado pela contagem de linfócitos T CD4 inferior a 200 células nos últimos seis meses;

- Profissionais de laboratório que trabalham diretamente com Orthopoxvírus em laboratórios com nível de biossegurança 2 (NB-2), de 18 a 49 anos de idade;

- Pós-exposição - pessoas que tiveram contato direto com fluidos e secreções corporais de pessoas suspeitas, prováveis ou confirmadas para Mpox, cuja exposição seja classificada como de alto ou médio risco, conforme recomendações da OMS, mediante avaliação da vigilância local;

Vale ressaltar que o esquema vacinal prevê duas doses, com intervalo de quatro semanas entre as aplicações. (Da Redação com informação da SES)