Preocupação na estradas
Dezenove veículos pegaram fogo nas rodovias regionais
Números são oficiais e correspondem a ocorrências registradas até ontem (14)
Ao menos duas vezes por mês o Cruzeiro do Sul noticia incêndio em veículos em rodovias de Sorocaba e região. O último foi na segunda-feira (12), no quilômetro 118 da Raposo Tavares. Um levantamento da concessionária CCR Viaoeste, a pedido da reportagem, mostrou que houve um aumento de 26% nesse tipo de ocorrência entre janeiro e 12 de agosto do ano passado e atual.
Nos primeiros oito meses de 2023 foram 15 ocorrências. Neste ano, até ontem (14), 19 condutores tiveram seus veículos incendiados nas rodovias. Em todo ano passado, ainda segundo a CCR, foram 23 ocorrências. A concessionária é responsável por administrar cerca de 165 quilômetros em trechos interligados a Sorocaba e região pelas rodovias Senador José Ermínio de Moraes, a Castelinho (SP-075), Raposo Tavares (SP-270), Castelo Branco (SP-280) e Dr. Celso Charuri (SPI-091/270).
Entre os principais riscos e consequências nesse tipo de ocorrência é o “risco ao próprio condutor do veículo incendiado e aos demais usuários da via, pois devido à alta temperatura um pneu pode explodir, atingindo que estiver próximo”, explica Alessandro Pereira, coordenador de operações da CCR Viaoeste. Outro ponto relevante é, a depender da proporção do fogo, a interdição da via, o que gera um grande prejuízo a fluidez.
Como prevenir
Ainda segundo Alessandro, a manutenção preventiva é sempre importante. “Uma parcela significativa de incêndio em caminhões tem início no sistema de freios e em veículos de passeio (carro) no sistema elétrico”.
É o caso do último caso registrado na Raposo Tavares, entre Sorocaba e Araçoiaba da Serra, no quilômetro 118 quando uma carreta pegou fogo no início da semana. De acordo com o Corpo de Bombeiros, o incêndio foi originado a partir de um problema nos freios.
De olho na temperatura
Pode não parecer, mas as ondas de calor e as temperaturas muito altas também podem influenciar nos casos de incêndios em veículos. Isso porque, elas podem prejudicar desde os componentes elétricos e mecânicos como motor, sistema elétrico e baterias até a estética do veículo. Conforme o coordenador da CCR, “entre os produtos de fácil combustão estão os combustíveis, madeira e papel”.