O movimento de compras para o comércio de Dia dos Pais no comércio ainda é tímido, mas já começou. Comerciantes acreditam que a procura por presentes deve subir na semana da data, a ser celebrada em 11 de agosto. Para tentar atrair clientes e concretizar as suas perspectivas de resultado melhor nas vendas neste ano, os lojistas usam a criatividade.

Algumas vitrines estão decoradas para o Dia dos Pais na região central. Segundo Francisco Pessini, de 72 anos, dono da loja de roupas e acessórios masculinos Big Chico Prime, isso acontece porque a data não é tão positiva para o comércio quanto a data em homenagem às mães. “As pessoas compram mais (presentes) para as mães”, revela Pessini.

Mesmo assim, ele estima crescimento de 8% nas vendas neste ano em comparação com 2023, com gasto médio entre R$ 100 e R$ 150. De acordo com o lojista, por enquanto o volume de clientes está reduzido, mas deve aumentar nos dias mais próximos à data. Isso porque a maioria vai às compras de última hora.

Para captar compradores e, consequentemente, atingir o seu objetivo de vender mais, o comerciante faz promoções das peças mais buscadas — camisas, camisetas e calças. Oferecer uma gama variada de tamanhos é outra tática. Os sapatos vão do número 37 ao 50. Calças têm do número 36 ao 80.

Adotar ações para “chamar” a clientela também é a saída escolhida por Priscilla Moreira Ferreira, de 44 anos, proprietária da Ótica Kohls. Com previsão de faturamento 20% maior, ela apostou principalmente na disponibilização de diversos modelos e marcas de óculos. A lista de estratégias ainda inclui descontos, brindes e sorteio de relógios.

Por enquanto, conta Priscilla, poucos filhos começaram a procurar presentes para os pais. Porém, conforme ela, a partir do 5º dia útil, quando a maioria das pessoas recebe, o volume vai subir.

De acordo com a comerciante, o comércio eletrônico derrubou a movimentação nas lojas físicas, sobretudo, depois da pandemia de Covid-19. Por isso, além das medidas para incentivar o consumo, é preciso incentivar a população a voltar a frequentar a região central.

Pensando nisso, na rua da Penha, alguns comerciantes firmaram parcerias para divulgar os seus produtos simultaneamente. Um dos parceiros de Priscilla é justamente a Big Chico. Ela fotografa pessoas usando os óculos da sua ótica e as roupas da loja para divulgar nas mídias sociais. Francisco Pessini e outros comerciantes fazem o mesmo, gerando uma corrente de auxílio coletivo. “É um tentando ajudar o outro, para todo mundo poder crescer”, diz Priscila.