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Saúde

Sorocaba registra dois casos de coqueluche

No Paraná, um bebê morreu; e os registros crescem no Estado de São Paulo

29 de Julho de 2024 às 22:30
Thaís Marcolino [email protected]
Gestantes e puérperas precisam ser imunizadas contra a doença
Gestantes e puérperas precisam ser imunizadas contra a doença (Crédito: DIVULGAÇÃO)

Uma criança de nove anos e um adolescente de 17 foram diagnosticados com coqueluche nos primeiros sete meses do ano em Sorocaba. Em 2023, foram cinco casos nos 12 meses. Nenhuma morte foi confirmada nos dois períodos. No momento, a situação na cidade está controlada e não demonstra alarde. Entretanto, vale o alerta, visto que, depois de três anos, o Brasil voltou a registrar um óbito pela doença.

A morte é de um bebê de seis meses, que contraiu coqueluche em Londrina, no norte do Paraná, segundo o Ministério da Saúde (MS) e da Secretaria da Saúde do Estado. Um segundo óbito está sendo investigado, também no Paraná.

Conforme levantamento da Agência Brasil, no País, o último pico epidêmico de coqueluche ocorreu há 2014, quando foram confirmados 8.614 casos. De 2015 a 2019, o número de casos confirmados variou entre 3.110 e 1.562. A partir de 2020, houve uma redução importante de casos da doença associada à pandemia de Covid-19 e ao isolamento social.

De 2019 a 2023, todas as 27 unidades federativas notificaram casos de coqueluche. O Estado de São Paulo teve 300 informes, ficando atrás, apenas, de Pernambuco, com 776 casos.

“Em 2024, os números continuam altos. A Secretaria da Saúde de São Paulo notificou 139 casos de coqueluche de janeiro até o início de junho um aumento de 768,7% na comparação com o mesmo período do ano passado, quando houve 16 registros da doença no estado”, explica a agência.

Vacinação

A principal forma de prevenção é a vacina, que deve ser administrada em crianças menores de 1 ano, com a aplicação de doses de reforço aos 15 meses e aos 4 anos, além da imunização de gestantes e puérperas e de profissionais da saúde.

O imunizante faz parte do Programa Nacional de Imunizações (PNI), no Ministério da Saúde, ou seja, está disponível na rede pública. Em Sorocaba, as 33 unidades básicas de saúde ofertam a dose.

O esquema vacinal primário é composto por três doses, aos 2 meses, aos 4 meses e aos 6 meses, da vacina penta, que protege contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e Haemophilus influenzae tipo B, seguida de doses de reforço com a vacina DTP, contra difteria, tétano e coqueluche, conhecida como tríplice bacteriana.

De acordo com levantamento da Secretaria Municipal da Saúde (SES) de Sorocaba, a pedido do Cruzeiro do Sul, nos primeiros seis meses do ano foram aplicadas 3.519 doses, ou seja, 80,3% do público-alvo. Já, para a segunda dose de reforço, foram 4.163 aplicações em pouco mais de 18,7 mil aptos.

Coqueluche

Essa doença é uma infecção respiratória, transmissível e causada pela bactéria Bordetella Pertussis. Sua principal característica são crises de tosse seca. Pode atingir, também, traqueia e brônquios.Crianças menores de seis meses podem apresentar complicações da coqueluche que, se não tratada corretamente, pode levar à morte. De acordo com publicação do MS, os principais fatores de risco para coqueluche têm relação direta com a falta de vacinação.

A transmissão da coqueluche ocorre, principalmente, pelo contato direto do doente com uma pessoa não vacinada por meio de gotículas eliminadas por tosse, espirro ou até mesmo ao falar. Em alguns casos, a transmissão pode ocorrer por objetos recentemente contaminados com secreções de pessoas doentes. “Isso é pouco frequente porque é difícil o agente causador da doença sobreviver fora do corpo humano, mas não é impossível. O período de incubação do bacilo, ou seja, o tempo que os sintomas começam a aparecer desde o momento da infecção é de, em média, 5 a 10 dias, podendo variar de 4 a 21 dias e, raramente, até 42 dias”, explica o MS.

Os sintomas da doença podem se manifestar em três níveis. No primeiro considerado o mais leve é comum confundi-los com o de um resfriado. Mal-estar geral, corrimento nasal, tosse seca e febre baixa são algumas das enfermidades apresentadas.

No estágio intermediário, a tosse seca piora e outros sinais aparecem, como tosse seca descontrolada, comprometimento da respiração e vômito ou cansaço extremo. “Nessa fase, os sintomas são mais severos e, dependendo do tratamento, podem durar até mais de um mês. É normal que adultos e adolescentes tenham sintomas mais leves em relação às crianças”, finaliza a publicação do governo federal. (Com informações da Agência Brasil e Ministério da Saúde)