Polícia identifica suspeito de atropelar e matar motociclista
Acidente aconteceu em 5 de julho e tirou a vida de Guilherme Schiave Rodrigues
Atualizada às 10h29
A Polícia Civil de Sorocaba abriu inquérito para investigar o acidente que matou Guilherme Schiave Rodrigues, de 25 anos, no dia 5 de julho. A vítima conduzia uma motocicleta pela rodovia Raposo Tavares (SP-270), em Sorocaba, quando foi atingida pelo motorista de um automóvel. O suspeito do atropelamento, um estudante de medicina já identificado pela polícia, é acusado de fugir sem prestar socorro. A defesa dele nega. O caso é investigado pelo 4º Distrito Policial (DP).
De acordo com a Secretaria da Segurança Pública (SSP) do Estado de São Paulo, a investigação está na fase de oitiva de testemunhas e de outras diligências para o esclarecimento dos fatos. A delegada titular do 4º DP, Daniela Lara de Góes, informou que aguarda os resultados das perícias no local do acidente e no corpo da vítima. Ainda segundo ela, o motorista acusado pelo atropelamento não tem passagem policial nem registro por envolvimento em outro acidente de trânsito. Daniela também disse que, até o momento, não há imagens de câmeras de segurança do momento da batida.
Em nota, o advogado do motorista, Felipe José Ferreira Barbosa, nega ligação dele com a colisão. Ele diz que, na noite do fato, o cliente seguia para a capital paulista, pela pista esquerda, quando sentiu um pequeno impacto na parte debaixo do seu carro. De acordo com Felipe, ele não conseguiu distinguir se o barulho do impacto era uma peça que havia passado por cima ou do próprio som do airbag sendo acionado. “Ou seja, pelo que notou, ele passou com seu veículo por cima de algo, de modo que não derrubou o motociclista”, afirma. “Ao que tudo indica, ele teve a infelicidade de passar em um local em que um acidente já podia ter ocorrido.”
Ainda, segundo a defesa, o rapaz não perdeu o controle da direção, ele parou no acostamento do lado direito, a cerca de 130 metros do viaduto. Nesse momento, completa o advogado, ele entrou em contato com o pai para relatar o ocorrido, saiu do automóvel e foi procurar a peça na qual havia batido. Em seguida, segundo Felipe, ele notou a presença de mulheres observando algo e se dirigiu a elas para perguntar se viram alguma peça na estrada. Elas teriam respondido que não, mas informaram terem visto uma moto e um corpo no chão.
Depois, o estudante teria passado mal e foi levado para o hospital para receber medicações e aguardar ser intimado para prestar esclarecimento. “De forma respeitosa, ele esclarece que entende que não deu causa ao acidente, somente passou por cima de algum objeto que se encontrava na via”, diz o defensor. De acordo com Felipe, “a verdade será devidamente esclarecida.”
Procurada pelo Cruzeiro do Sul, a família de Guilherme não se manifestou até o fechamento desta edição.
Relembre o caso
Conforme informações da Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp), Guilherme trafegava no sentido capital da Raposo, quando a moto dele foi atingida na traseira pelo carro do estudante de medicina, no quilômetro 102. Com o impacto da batida, o jovem caiu, e o veículo teria passado por cima dele. Ainda, conforme a agência, o motorista teria fugido do local sem prestar socorro. A vítima chegou a ser socorrida, mas não resistiu aos ferimentos.