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Polícia Rodoviária explica se comer pão dá, ou não, alteração no bafômetro

Quando ingerido o pão, os resíduos alcoólicos podem ficar no céu da boca e, assim, serem identificados pelo bafômetro

20 de Julho de 2024 às 17:59
Thaís Marcolino [email protected]
A equipe realizou três testes: inicial, após comer duas fatias do pão e, por fim, se esperar cinco minutos para fazer o bafômetro novamente
A equipe realizou três testes: inicial, após comer duas fatias do pão e, por fim, se esperar cinco minutos para fazer o bafômetro novamente (Crédito: Reprodução/ Policiamento Rodoviário do Estado de São Paulo)

A divulgação de um estudo em que identifica teor alcoólico acima do esperado em algumas marcas de pães de forma tem gerado muitas dúvidas na população, inclusive para quem pega a estrada. Com isso, a Polícia Militar Rodoviária (PMR) do Estado de São Paulo publicou, na sexta-feira (19), um vídeo nas redes sociais explicando se, realmente, comer duas fatias do carboidrato dá alteração no bafômetro.

Conforme a equipe policial, se o pão de forma estiver fresco, pode conter pequenas quantidades de álcool devido o processo de fermentação. Quando ingerido, os resíduos alcoólicos podem ficar no céu da boca e, assim, serem identificados pelo bafômetro, mesmo que o motorista não tenha consumido substâncias etílicas.

No teste realizado pela PMR, um homem come as duas fatias do pão com manteiga e, em seguida, já faz o teste do bafômetro, que dá 4,8 mg/litro de ar. O valor acima de 3,4/mg é considerado crime de trânsito.
Entretanto, passados cinco minutos, ao refazer o teste, o aparelho não acusa nenhum teor alcóolico.

“Se você comeu pão de forma ou qualquer alimento fermentado, como algumas frutas ou doces, antes de dirigir, faça um bochecho com água ou escove os dentes antes de sair. Isso pode ajudar a remover os resíduos de álcool da boca”, orienta a equipe do policiamente rodoviário do Estado.

O estudo

Divulgado no ínicio do mês, o estudo intutulado “Tem álcool no seu pão de forma” foi realizado pela Associação Brasileira de Defesa do Consumidor, também conhecida como Proteste, do grupo Euroconsumers. Uma das conclusões foi de que os níveis etílicos podem ser prejudicais ao corpo humano, especialmente para crianças, lactantes e gestantes, podendo contribuir para a síndrome alcoólica fetal.

A pesquisa avaliou as dez marcas líderes de vendas no País: Visconti, Bauducco, Wickbold 5 Zeros, Wickbold Sem Glúten, Wickbold Leve, Panco, Seven Boys, Wickbold, Plusvita e Pullman. Entre elas, seis apresentaram teor alcoólico acima do esperado e somente as duas últimas foram aprovadas em todos os testes. Ao Estadão, as fabricantes afirmaram que seguem protocolos de segurança e qualidade e que não foram notificadas do estudo nem tiveram acesso à metodologia para comentar especificamente os resultados da pesquisa. (com informações do Estadão Conteúdo)

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