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Diversão e perigo

Pipas provocaram 177 ocorrências na região de janeiro a maio

Números podem aumentar (e os riscos também) com a chegada das férias

05 de Julho de 2024 às 15:14
Da Redação [email protected]
Muitas pipas ficam enroscadas na fiação da rede de energia elétrica
Muitas pipas ficam enroscadas na fiação da rede de energia elétrica (Crédito: DIVULGAÇÃO/CPFL)

A volta da temporada das pipas, com as férias escolares, tempo firme e bons ventos, traz também uma preocupação que é justificada pelos números divulgados pela CPFL Piratininga, concessionária responsável pela região. Nos meses de janeiro a maio, quando ainda não começou a "temporada das pipas" foram 177 ocorrências na região de Sorocaba. Em Votorantim e Porto Feliz houve aumento de casos.

Diante disso, agora que os riscos aumentam, a CPFL Piratininga reforça os alertas e as dicas de segurança que envolvem, em primeiro lugar, a distância em relação à rede elétrica. O cuidado redobrado se justifica pelo risco de acidentes graves e pelos transtornos à população que a interferência do pipa na fiação pode causar.

Segundo a concessionária, os locais ideais para empinar pipa são campos abertos e longe da rede. Nos ambientes urbanos, uma tentação que deve ser evitada são os canteiros de rodovias e avenidas, onde não só a fiação exige atenção, mas também o tráfego de veículos que acrescenta outro risco, o de atropelamentos. E se, durante a brincadeira, a pipa enroscar na fiação ou cair próximo a equipamentos elétricos, a orientação é para que, em hipótese alguma, tente-se resgatá-la. “Qualquer pessoa que se aproxima da rede, utilizando objetos para facilitar o alcance da pipa, se expõe ao risco de sofrer descargas elétricas. Um choque pode ser fatal”, avisa Marcelo Henrique de Biazzi, gerente de Saúde e Segurança Trabalho do Grupo CPFL Energia.

Outro alerta importante: o uso de cerol, ‘linha chilena’ ou qualquer tipo de linha com elementos cortantes é crime no estado de São Paulo, de acordo com a Lei Estadual no. 12.192, de 2006. Além de representarem perigo a pedestres e motociclistas, essas misturas, por conduzirem energia, potencializam os riscos de choque quando em contato com a rede elétrica. “Além da capacidade de causar ferimentos graves, inclusive nos próprios pipeiros, essas linhas adulteradas podem romper cabos e provocar curtos-circuitos, interrompendo o fornecimento. Dependendo do dano, as equipes podem levar várias horas para executar os reparos necessários”, observa de Biazzi.

A orientação no caso de qualquer interferência de pipas sobre a rede elétrica é entrar em contato com o serviço emergencial da concessionária, pelo telefone 0800 010 2570 (ligação gratuita). Equipes especializadas serão encaminhadas para remover os artefatos enroscados nos cabos ou caídos sobre equipamentos de energia. Ninguém deve se aproximar de fios partidos. Se houver vítimas no local, Corpo de Bombeiros, SAMU ou outro órgão de socorro médico deve ser acionado imediatamente.

Guardião da vida

Essas e outras orientações integram o programa Guardião da Vida do Grupo CPFL, uma campanha permanente de conscientização sobre os riscos e cuidados nas atividades próximas à rede elétrica.?Os alertas relacionados a pipas são tema de palestras desenvolvidas, especialmente, para alunos das redes pública e particular. Segundo o gerente da CPFL Energia, a intenção é ensinar, de forma lúdica e didática, como empinar pipas de maneira segura, além de dar outras dicas de segurança com a rede elétrica, fazendo com que os estudantes se tornem multiplicadores das orientações junto às suas famílias. “O resultado que buscamos é zerar as ocorrências de interferência na rede, não apenas por afetar o fornecimento de energia, mas, principalmente, pelos riscos à população.”

Ocorrências

De janeiro a maio de 2024, a CPFL Piratininga registrou 177 ocorrências relacionadas à interferência de pipas na rede elétrica na região de Sorocaba. O número representa queda de 7,3% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram computadas 191 ocorrências. Sorocaba, com 82 registros, teve o maior número de casos nos primeiros meses deste ano, seguida de Votorantim, com 29, e Porto Feliz, com 17.