Colaboração
Empresa envia máquina e funcionário em auxílio ao RS
Uma escavadeira está no local e ajuda nos serviços de limpeza e reconstrução após as cheias
A unidade de Sorocaba da fabricante de escavadeiras Link-Belt enviou um funcionário e uma máquina para ajudar nos trabalhos de reconstrução do Rio Grande do Sul. O técnico em serviços de campo Marco Antonio de Queiroz, de 50 anos, chegou àquele Estado no dia 15 de maio. Ontem (15), após um mês, ele retornou para Guarulhos, onde mora, para rever a família, mas deve voltar para as terras gaúchas em breve. O equipamento seguirá por lá.
O modelo da escavadeira usada nos serviços é o 210X3E. Ela realiza trabalhos de limpeza de ruas, acessos, rios e liberação de estradas. Queiroz é responsável por garantir o correto funcionamento da máquina.
Queiroz conta ter sido escolhido para essa iniciativa por, geralmente, atuar nas movimentações de equipamentos externos da empresa. Além disso, enquanto técnico, é especialista na escavadeira e possui larga experiência na sua utilização. “Se der qualquer problema longe, eu vou conseguir resolver mais facilmente”, diz.
Essa é a primeira vez que o funcionário participa de uma ação desse tipo. Ele já havia ajudado em Petrópolis, no Rio de Janeiro, durante as enchentes e deslizamentos causados pelas chuvas em 2022. Porém, apenas entregou materiais e retornou.
Até ontem, Queiroz estava em Nova Palma, a cerca de 80 quilômetros de Santa Maria. De acordo com ele, dois rios que passam pela cidade, Portela e Soturno, encheram. Com isso, houve muitos danos no município, principalmente envolvendo residências e outros imóveis. Com a água mais baixa, o real nível da destruição apareceu. “Parece um cenário de guerra”, compara.
Segundo ele, já houve a limpeza das margens do Soturno, para evitar novo transbordamento, em caso de cheias. Agora, o foco está em readequar o fluxo natural do Portela, alterado pelas cheias, com o mesmo objetivo. O guarulhense e a máquina também auxiliam a população da zona rural, pois essas pessoas ficaram mais isoladas.
Ainda há muito o que se fazer. “Para voltar ao que era, vai demorar anos”, diz Queiroz. Mas, conforme ele, os gaúchos estão unidos e empenhados em transformar em passado os problemas causados por essa catástrofe o mais rápido possível. “O povo é muito trabalhador e resiliente”.
Solidariedade faz parte do cotidiano
Além do trabalho técnico, Marco de Queiroz oferece solidariedade para a população. Às vezes, ele usa um carro corporativo para levar donativos a moradores do interior do Estado. Também realizou uma campanha, junto a um grupo de ciclistas do qual participa, com o intuito de arrecadar dinheiro para a compra de cobertores. Os cerca de 15 participantes captaram R$ 5 mil e conseguiram adquirir 350 cobertas.
Segundo a gerente regional de vendas Brasil da Link-Belt, Fernanda Mamede do Prado, de 36 anos, a empresa ainda ajudou de outras formas. Houve uma doação de dinheiro para o Instituto Cultural Floresta, uma das instituições engajadas na recuperação do Rio Grande do Sul. Em outra iniciativa, funcionários contribuíram financeiramente com a compra de produtos de limpeza para os gaúchos.
Fernanda informa que, em outros desastres, a multinacional já havia repassado recursos financeiros para locais afetados. Mas, a iniciativa realizada no RS, de disponibilizar um funcionário e um equipamento para atuar diretamente nos trabalhos de reparação, é inédita.
“Não tem como um ser humano ver a situação do Rio Grande do Sul e não se mobilizar, não se comover, não se colocar no lugar do outro”, comenta, sobre o motivou que levou a fabricante de escavadeiras a adotar essa iniciativa.
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