Em dois anos, a Toyota deve concluir o processo de expansão e contar com mais de 7 mil funcionários na planta de Sorocaba. O número de colaboradores será resultado do espelhamento da unidade fabril da montadora japonesa na cidade e da transferência de trabalhadores da planta de Indaiatuba. Atualmente, as obras de ampliação estão em fase de terraplanagem.

Hoje, conforme a empresa, a fábrica de Sorocaba emprega 3,6 mil funcionários, enquanto a de Indaiatuba, na Região Metropolitana de Campinas (RMC), tem 1,5 mil. Com a transferência, a unidade sorocabana passará a contar com aproximadamente 5,1 mil trabalhadores.

Após o término das obras na planta localizada às margens da rodovia Castello Branco, cerca de 2 mil novos empregos deverão ser gerados. A expansão da montadora em Sorocaba segue o plano de investimentos de R$11 bilhões anunciado em março. Em visita à região na quinta-feira (6), o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) demonstrou otimismo com a ampliação das atividades da fabricante de veículos. “A gente vem conversando com a Toyota há muito tempo e o investimento anunciado já faz parte de um pacote de negociações que tem muito a ver com a questão tributária. Estamos com alguns incentivos, inclusive calendarizando a devolução dos créditos do ICMS, justamente para fortalecer os investimentos. Está se montando um grande polo automotivo em Sorocaba e as peças produzidas no município serão enviadas para o mundo inteiro”, disse.

“As obras de expansão do parque fabril da Toyota em Sorocaba têm como objetivo aumentar a capacidade de produção e impulsionar a inovação tecnológica. Com isso, a fábrica deve espelhar [duplicar] as instalações existente”, informa a nota enviada à imprensa pela assessoria da empresa.

A ampliação da fábrica também terá impacto nos veículos. “Atualmente, são produzidos em Sorocaba o Yaris (sedã e hatch) e o Corolla Cross. Após a expansão, passarão a ser produzidos, também em Sorocaba, um novo veículo compacto ainda não divulgado (a partir de 2025) e o Corolla sedã (a partir de 2026)”, completou o comunicado.

PDV

A decisão de transferir os funcionários da planta de Indaiatuba para Sorocaba tem gerado impasses. Em abril deste ano, funcionários chegaram a realizar uma greve. Os trabalhadores reivindicam melhores condições no Programa de Demissões Voluntárias (PDV), assim como o adiantamento das movimentações, que deveriam iniciar apenas no segundo semestre do ano que vem.

A Toyota informou ao Cruzeiro do Sul, por ocasião da paralisação dos trabalhadores de Indaiatuba, que apenas algumas ferramentas tinham sido enviadas para Sorocaba e que, até 2025 o Corolla Sedã seguiria em produção na planta daquela cidade. A empresa também contava com a possibilidade de que os funcionários da unidade indaiatubense concordassem em se transferir para a unidade da Castello Branco, juntamente com a produção.

Em uma novo comunicado enviado ao Cruzeiro do Sul na sexta-feira (7), a Toyota informou que, “como o PDV ainda não foi aberto, o que acontecerá nas próximas semanas, não existe uma estimativa do número de adesões”