Seu bolso
Cesta básica aumenta pela quarta vez em 2024
Com 0,70% em maio, acumulado chega a 2,66%; batata foi o produto que mais subiu no mês, 25,32%
O preço da cesta básica sorocabana aumentou mais um mês na cidade. Em maio, o valor subiu 0,70% em relação a abril, passando de R$ 1.047,68 para R$ 1.054,97. Dessa forma, o consumidor precisou desembolsar R$ 7,29 a mais para adquirir os produtos da cesta básica. Os dados são do Laboratório de Ciências Sociais Aplicadas da Universidade de Sorocaba (Uniso), que realiza o levantamento todos os meses.
De acordo com a pesquisa, a elevação do preço da cesta básica em maio coincidiu com a tendência de alta registrada pelo índice de inflação oficial (IPCA-15), com alta de 0,44%. Com isso, a cesta básica sorocabana e o IPCA apresentaram aumento acumulado em 2024 de 2,66% e 2,12%, respectivamente. Essa foi a quarta alta do ano, a segunda consecutiva. A única redução em 2024 foi registrada em março: -1,20%. Além de maio, houve aumentos em janeiro (2,17%), fevereiro (0,78%) e abril (0,21%).
Dos 34 itens que compõem a cesta básica sorocabana, 15 registraram aumento de preço em maio. O produto que teve a maior elevação foi a batata. O quilo do tubérculo, que custava, em média, R$ 8,61 no mês de abril, passou para R$ 10,79 em maio — uma diferença de R$ 2,18 (25,32%). O leite longa vida aparece em segundo lugar na lista. De R$ 4,91, o litro passou a custar R$ 5,20 — uma variação de R$ 0,29 (5,91%).
Conforme o levantamento da universidade, os preços desses alimentos foram impactados por questões ambientais nacionais, como secas e chuvas extremas, que prejudicaram a produção de batata e leite. Além disso, a tragédia ambiental no Rio Grande do Sul afetou plantações e a produção de leite, comprometendo também a logística de distribuição. As estradas destruídas impossibilitaram o transporte dos produtos.
Consumidor reclama
O aposentando Luiz Carlos Barbo, de 64 anos, sentiu o impacto no bolso. “Está cada vez mais difícil vir no supermercado. Um dia é um preço, outro dia é outro! E para quem já se aposentou é complicado fazer compra, estamos ganhando pouco e gastando muito, chega no final do mês não fecha a conta”. Quando a reportagem encontrou com Luiz no estabalecimento — ontem (7) — ele verificava o preço do azeite — cuja embalagem de 500 ml custava
R$ 38,90. Por fim, Luiz levou o óleo de soja. “Quando está muito caro eu não levo, a não ser que tenha algo da mesma qualidade em promoção”, disse o aposentado.
Everton Danilo da Costa de Paula, de 35 anos, e a mãe Neide Cláudio, de 58 anos, fazem compra todo mês. Eles contaram que ontem pegaram somente o essencial, mas não iriam gastar menos que R$ 500. Para tentar economizar, o jeito é pesquisar os produtos em vários estabelecimentos. “Arroz está caro, o óleo, o alho e as verduras também estão caras. Vamos no lugar que está mais barato, perto da minha casa não dá para fazer compras”, explicou Everton. “Aquela compra que fazíamos antigamente não dá mais”, completou Neide.
Outros produtos
Outros alimentos também tiveram alta nos preços em maio. Dois deles, que não podem faltar na mesa do brasileiro, são o arroz e o feijão. A embalagem de 5kg de arroz subiu R$ 0,91, passando de R$ 32,02 para R$ 32,93 (2,84%). Já o feijão, teve aumento de 2,94%. Em abril, o preço do quilo era de R$ 8,51, passando em maio para R$ 8,89. O pacote de café de 500 gramas teve aumento de 3,95%. De R$ 17,73 passou para R$ 18,43.
Já a carne bovina teve queda no preço. A redução do valor dos cortes de primeira foi de R$ 0,78. O alimento passou de R$ 36,31 para R$ 35,53 o quilo (-2,15%). A carne de segunda, estava saindo por R$ 25,86 em abril. Em maio, o preço foi para R$ 25,61 (-0,85%). A farinha de trigo teve redução de 4% (de R$ 5,75 para R$ 5,52 o quilo) e o açúcar refinado 1,09% (de R$ 4,60 para R$ 4,55 o quilo).
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