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Mercado exterior

Região de Sorocaba tem queda na exportação

RA encerrou o ano de 2023 com uma participação de 5,8% nas exportações do Estado de São Paulo

30 de Maio de 2024 às 23:00
Vanessa Ferranti [email protected]
Apesar da redução, os números continuam positivos, principalmente na cidade de Sorocaba, que exportou mais que Campinas
Apesar da redução, os números continuam positivos, principalmente na cidade de Sorocaba, que exportou mais que Campinas (Crédito: FÁBIO ROGÉRIO / ARQUIVO JCS)

A Região Administrativa (RA) de Sorocaba encerrou o ano de 2023 com uma participação de 5,8% nas exportações do Estado de São Paulo. O número é um pouco menor em comparação a 2022, quando a região atingiu 6,3% no número de exportações, após crescimento consecutivo de três anos, segundo a Fundação Seade - Sistema Estadual de Análise de Dados. O Estado de São Paulo exportou no último ano um total de US$ 75,5 bilhões.

Já a Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) alavancou as exportações, respondendo por 21,7% de participação no volume total, seguida da Região Administrativa de Campinas, com 18,3%; São José dos Campos, com 14,7%; e Santos, com 11,7%. Em 2022, somente a cidade de Sorocaba exportou US$ 2,19 bilhões, e, em 2024, de janeiro a abril, o município exportou US$ 668 milhões, conforme o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic).

O diretor titular do Ciesp Sorocaba, Erly Domingues de Syllos, explica que as exportações, de modo geral, dependem principalmente da economia dos países importadores. No caso da Região Administrativa de Sorocaba, o maior cliente é a Argentina. Erly ressalta que o cenário econômico argentino enfrenta dificuldades, o que resulta na queda das exportações da região.

“Nos três anos consecutivos que tiveram aumento, a Argentina ainda estava sob outro governo, mesmo com a economia não tão boa. Quando mudou para o governo atual, de um modo geral, toda mudança de governo passa por uma adequação, uma adaptação, e concluiu com essa pequena queda, mas é uma queda bastante pequena, ou seja, de 6,3 para 5,8%. É um número bastante pequeno”, explica Erly.

Apesar da redução, para Syllos, os números continuam positivos, principalmente na cidade de Sorocaba, que exportou mais que Campinas (US$ 1,10 bi, em 2023). “Sorocaba continua se destacando principalmente no setor automotivo, como é o caso da Toyota, como também a retroescavadeira da CNH Case, a JCB que exporta o setor de máquinas de terraplanagem etc. E depois vem aí o setor de autopeças. Também estamos dando um incremento muito forte para as micro e pequenas empresas começarem a abrir o leque de exportações”, avalia o diretor.

Ainda, conforme Erly, a exportação tem um papel importante na economia local, pois está atrelada ao nível de desenvolvimento da região. Além disso, quanto mais o mercado exporta, mais vagas de emprego surgem nas cidades. “Movimenta toda a economia. Se a indústria vai bem, o comércio vai bem, o setor da construção civil vai bem, vai vender mais apartamentos, mais prédios. O setor da indústria é muito forte e Sorocaba é uma cidade altamente industrializada”.