Mercado exterior
Região de Sorocaba tem queda na exportação
RA encerrou o ano de 2023 com uma participação de 5,8% nas exportações do Estado de São Paulo
A Região Administrativa (RA) de Sorocaba encerrou o ano de 2023 com uma participação de 5,8% nas exportações do Estado de São Paulo. O número é um pouco menor em comparação a 2022, quando a região atingiu 6,3% no número de exportações, após crescimento consecutivo de três anos, segundo a Fundação Seade - Sistema Estadual de Análise de Dados. O Estado de São Paulo exportou no último ano um total de US$ 75,5 bilhões.
Já a Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) alavancou as exportações, respondendo por 21,7% de participação no volume total, seguida da Região Administrativa de Campinas, com 18,3%; São José dos Campos, com 14,7%; e Santos, com 11,7%. Em 2022, somente a cidade de Sorocaba exportou US$ 2,19 bilhões, e, em 2024, de janeiro a abril, o município exportou US$ 668 milhões, conforme o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic).
O diretor titular do Ciesp Sorocaba, Erly Domingues de Syllos, explica que as exportações, de modo geral, dependem principalmente da economia dos países importadores. No caso da Região Administrativa de Sorocaba, o maior cliente é a Argentina. Erly ressalta que o cenário econômico argentino enfrenta dificuldades, o que resulta na queda das exportações da região.
“Nos três anos consecutivos que tiveram aumento, a Argentina ainda estava sob outro governo, mesmo com a economia não tão boa. Quando mudou para o governo atual, de um modo geral, toda mudança de governo passa por uma adequação, uma adaptação, e concluiu com essa pequena queda, mas é uma queda bastante pequena, ou seja, de 6,3 para 5,8%. É um número bastante pequeno”, explica Erly.
Apesar da redução, para Syllos, os números continuam positivos, principalmente na cidade de Sorocaba, que exportou mais que Campinas (US$ 1,10 bi, em 2023). “Sorocaba continua se destacando principalmente no setor automotivo, como é o caso da Toyota, como também a retroescavadeira da CNH Case, a JCB que exporta o setor de máquinas de terraplanagem etc. E depois vem aí o setor de autopeças. Também estamos dando um incremento muito forte para as micro e pequenas empresas começarem a abrir o leque de exportações”, avalia o diretor.
Ainda, conforme Erly, a exportação tem um papel importante na economia local, pois está atrelada ao nível de desenvolvimento da região. Além disso, quanto mais o mercado exporta, mais vagas de emprego surgem nas cidades. “Movimenta toda a economia. Se a indústria vai bem, o comércio vai bem, o setor da construção civil vai bem, vai vender mais apartamentos, mais prédios. O setor da indústria é muito forte e Sorocaba é uma cidade altamente industrializada”.