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Acolhimento

Mães de pacientes com TEA trocam experiências e apoio

27 de Maio de 2024 às 22:00
Beatriz Falcão [email protected]
Associação TEAcolho Autismo Sorocaba realiza encontros mensais no Gabinete de Leitura Sorocabano
Associação TEAcolho Autismo Sorocaba realiza encontros mensais no Gabinete de Leitura Sorocabano (Crédito: BEATRIZ FALCÃO (25/5/2024))

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) engloba diferentes condições neurológicas que, com características singulares, causam desordem nos pensamentos, sentimentos e emoções. Todos os meses, a associação TEAcolho Autismo Sorocaba realiza encontros, com trocas de experiências e acolhimento, entre as mães que possuem filhos diagnosticados com TEA. Em maio, a reunião aconteceu no sábado (25), no Gabinete de Leitura Sorocabano.

Entre lágrimas e sorrisos, reunidas em círculo, mães e avós compartilharam suas angústias e alegrias. A reunião foi conduzida pela presidente da associação, a psicopedagoga Ofélia Moreira Vian de Saboya, que há 30 anos acompanha a trajetória do seu filho com espectro autista.

“As mães cuidam dos filhos, mas quem cuida dessas mães?”, reflete Ofélia. “O nosso tema é ‘Quem cuida de quem cuida?’, e o objetivo é acolher. Nós somos um grupo de aproximadamente 500 famílias e abraçamos essas mães, que estão perdidas com o primeiro diagnóstico”.

Entre as integrantes, está a psicanalista Renata Proença, que encontrou apoio e conforto no TEAcolho quando recebeu o diagnóstico tardio de sua filha Eloá Proença, de 17 anos, há menos de um ano. “Foi um processo muito difícil de aceitação e era tudo muito novo, até o próprio médico orientou buscar ajuda com outras mães”, relata.

Além do acolhimento, as integrantes da associação compartilham dicas e informações, seja sobre medicamentos ou clínicas, em um grupo de WhatsApp. “É muito bom poder contar com essas pessoas para te escutar e auxiliar”, acrescenta Renata.

“No nosso grupo tem avós, tem mãe com três filhos autistas, outras que estão em uma fila que tem 80 crianças na frente para fazer terapia. Esse cenário já é um problema muito grande”, aponta Ofélia com pesar. “Essas mães precisam de acolhimento e espaço para desabafar!”. (Beatriz Falcão - programa de estágio)